segunda-feira, 15 de julho de 2013

PCTE e COMITE/PA realizam visita de Monitoramento & Avaliação na UREDIPE


Do Comitê TB Pará

Na última quarta feira (10/07), técnicos da secretaria estadual de saúde, da Coordenação de Pneumologia, e membros do Comitê de Tuberculose e Fórum/ONG/Aids, realizaram visitas de monitoramento e avaliação (M&A) na UREDIPE, unidade de saúde que atende pessoas que vivem com HIV/aids no Pará. 

A visita teve como o objetivo contribuir de forma técnica e política para a melhoria contínua da resposta do estado ao controle da tuberculose. Participam do processo profissionais do Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT), do LACEN, do Comitê Metropolitano e do Fórum/ONG Aids, que foram recebidos pela diretora da UREDIPE, Jane Durans, e pelos técnicos que atuam na enfermagem, laboratório e farmácia daquela unidade especializada.

Esta visita era uma demanda antiga dos membros do Comitê TB Pará e Fórum/Ong/Aids, apresentada durante o Seminário Vigilância em Hepatites Virais voltado às populações vulneráveis, realizada pela Secretaria de Estado de Saúde Pública do Pará (Sespa) em 25/06.

Durante a visita, membros do Comitê TB Pará e Fórum/Ong/Aids e usuários do serviço expuserem aos técnicos do PECT e da UREDIPE, as dificuldades enfrentadas no acesso ao serviço, pois entendem ser necessária maior atenção aos pacientes com HIV e tuberculose, visto que nem todos os profissionais de saúde da unidade estão sensíveis no trato da coinfecção TB-HIV. Destacaram, inclusive, que muitas vezes é o próprio paciente que precisa solicitar o encaminhamento para realização da Prova Tuberculínica - exame para detecção da infecção latente da tuberculose.

Para a técnica do PCTE e Coordenadora adjunta do Comitê, Adriana Leal, esta troca de experiências entre as equipes do PCTE e da UREDIPE  é uma importante estratégia para o fortalecimento das experiências exitosas no atendimento as PVH, pois é importante quebrar o estigma existente entre essas duas patologias”.

A diretora da UREDIPE, Jane Durans, destacou que as recomendações apresentadas pela equipe do PCTE são extremamente oportunas e de suma importância para melhorar o perfil do tratamento às pessoas que vivem com HIV, visto que a coinfecção TB-HIV tem levado muitos pacientes a óbitos.

Segundo o coordenador do Comitê TB Pará, Ernandes Costa, essa é a segunda vez que faz uma visita de monitoramento na UREDIPE. "Na primeira vez, participei como coordenador do Fórum/ONGs/PA. Agora como membro do Comitê de Tuberculose, a visita não tem caráter de denuncia, mas de buscar junto à direção da Unidade melhorar o serviço e o atendimento aos pacientes", destacou.  Disse ainda que as recomendações feitas visam também à proteção dos trabalhadores que desenvolvem atividades nessa unidade de saúde.

A coordenadora do Fórum ONGs, Maria Elias ressaltou a importância da articulação entre os programas de tuberculose e aids e a necessidade de manutenção desse diálogo.  "Ainda precisamos visitar outros serviços, como CASADIA/Belém e SAE/CTA em Ananindeua, para que os pacientes dessas unidades também sejam informados sobre a importância do tratamento da coinfecção", finalizou. 

quinta-feira, 11 de julho de 2013

Secretário da SVS integra conselho de entidade parceira da OMS

Do Ministério da Saúde

O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, tomou posse nesta quarta-feira (10) como membro do Conselho Executivo da Stop TB Partnership, durante a 23ª reunião do grupo, no Canadá. O conselho executivo da STOP TB Partnership contribui para definir a direção estratégica global na luta contra a tuberculose no mundo. A entidade é considerada como uma das principais parceiras da Organização Mundial de Saúde (OMS).

A escolha do secretário Jarbas Barbosa é um reconhecimento à política brasileira de combate à tuberculose. O Brasil tem desempenhado um papel protagonista no cenário internacional por meio da experiência em cobertura universal, com tratamento gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS) e propostas na área de proteção social. O Brasil será o proponente da estratégia de tuberculose pós-2015 na Assembleia Mundial da Saúde.

Em 2012, o país registrou 7.1230 casos novos de tuberculose, número 9,4% menor do que o em 2003 – com 78.606. Em 2012, a taxa de incidência da doença foi de 36,7/100 mil habitantes, enquanto em 2003 era de 44,4/100 – o que representa uma queda de 17,3% no período.

A seleção dos novos membros do conselho, composto por 26 membros, teve como base as habilidades técnicas, experiências e liderança no desenvolvimento de suas funções. Além do secretário brasileiro, foram nomeados representantes de Mianmar, Moçambique e Nigéria a um mandato de três anos, renováveis pelo mesmo período. Também tomaram posse dois representantes de comunidades afetadas pela tuberculose e outros três que representarão o setor privado, organização não governamental de países em desenvolvimento e organização não governamental de países desenvolvidos.

O Stop TB Partnership tem quase mil parceiros em mais de 100 países, entre organizações internacionais e técnicas, programas governamentais, agências de investigação e financiamento, fundações, ONGs, sociedade civil e grupos da comunidade e do setor privado.

Entre os objetivos do grupo está avaliação da execução da estratégia operacional (2013-2015) que assegure o alcance das metas e dos objetivos do milênio na diminuição da tuberculose. A meta da estratégia Stop TB é reduzir a prevalência e morte por tuberculose em 50% em comparação com os casos registrados em 1990. O grupo também discute um novo plano global da Stop TB Partnership.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Audiência pública discute HIV e tuberculose no Ceará

Nesta quarta-feira, 03 de julho, foi realizada em Fortaleza audiência pública para discutir o panorama estadual da aids e da tuberculose e a necessidade de se criar uma frente parlamentar mista de luta contra esses agravos na Assembleia Legislativa do Ceará. 

Mais de 60 pessoas, em sua maioria representantes da sociedade civil, participaram da audiência que foi presidida pelo deputado Lula Morais (PCdoB), único deputado presente. 

Também participaram do debate, o presidente da Frente Parlamentar Municipal de Luta Contra a AIDS, vereador Acrísio Sena (PT); a representante da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará, Telma Alves Martins; o presidente do Conselho Estadual de Saúde do Ceará, João Marques de Farias; o promotor da Promotoria de Justiça e Defesa da Saúde Pública, Antônio Tadeu Filho; dentre outras autoridades.

O deputado, e propositor do debate, Lula Morais iniciou a discussão lembrando que tanto a aids como a tuberculose são grave problema de saúde pública no Brasil e no mundo. Destacou que somente no Ceará foram notificados 11.759 casos de aids, desde o o primeiro diagnóstico em 1983 e que o Brasil faz parte dos 22 países responsáveis por 80% dos casos de tuberculose em todo o mundo. Segundo Lula, as ações de combate a estas doenças vão da prevenção à uma assistência integral aos pacientes, com a participação permanente dos poderes públicos.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de controle da Tuberculose, Sheila Santiago, a audiência pública sela um momento histórico para a tuberculose, um momento ímpar. Lembrou que além de ser um problema de saúde pública, a tuberculose é também um problema social. Destacou ainda que o controle da tuberculose no Ceará só será possível se houver uma ação integrada entre governo, sociedade civil e os parlamentares que se dedicarem a apoiar a causa. 

Para o enfermeiro e representante do Comitê Estadual de luta contra a tuberculose, Fagner Lopes, é impossível olhar para o HIV e esquecer a tuberculose, e vive-versa. Ele destacou que os profissionais de saúde devem estar atentos à coinfecção, visto que a tuberculose é uma das doenças oportunistas que afeta o paciente com HIV, sendo a mais letal nessa população. "Precisamos unir forças. O executivo, o legislativo e a sociedade civil. Só assim teremos mais chances de sucesso no enfrentamento à epidemia da aids e da tuberculose no Ceará e no Brasil.", reforçou.

O representante da Rede Nacional de Pessoas vivendo com HIV/aids (RNP+/CE), Otávio Vasconcelos, relatou que há dois anos o movimento social vem pleiteando a formação de uma Frente Parlamentar Estadual de Luta contra a aids e a Tuberculose. "Foram inúmeras as reuniões junto a parlamentares para que se alcançasse o primeiro passo: levar a discussão sobre aids e tuberculose para dentro da Assembleia Legislativa. Durante esse processo entendemos ser mais estratégico solicitar uma frente parlamentar mista, visto que a tuberculose é a doença que mais mata pessoas que vivem com HIV". 

Otávio destacou ainda que essa articulação ganhou mais força quando foi inserida no plano de trabalho do Comitê Estadual de Combate a Tuberculose do Ceará. "Planejamos toda a ação de mobilização com o objetivo de sensibilizar o parlamento sobre o tema e a necessidade de discuti-lo no âmbito da assembleia legislativa para que, a partir do entendimento dessas endemias, pudessem ser tomadas as providências cabíveis, seja a criação de uma frente parlamentar ou um projeto de lei", explicou.

Ele também apresentou um documento a ser encaminhado às Comissões de Saúde e Seguridade Social e de Direitos Humanos da Assembleia Legislativa, com as principais reivindicações do movimento e proposta de criação de uma Frente Parlamentar Mista de luta contra a Aids e a tuberculose.

Dentre as reivindicações do movimento social, cabem destacar: a importância do passe livre para o acesso aos serviços de saúde; a provisão de incentivos sociais para adesão das populações mais vulneráveis ao tratamento; a inclusão destes pacientes nos programas sociais do governo federal; a sustentabilidade das casas de apoio e o acesso universal e integral aos serviços de saúde.



*Com informações do Comitê Estadual de Combate a Tuberculose e da Assembleia Legislativa do Ceará.






segunda-feira, 1 de julho de 2013

CE realiza IV oficina de atualização em prova tuberculínia para enfermeiros dos SAE

Por Fagner Lopes

Durante toda a semana de 24 à 28 de junho, a Secretaria de Estado de Saúde do Ceará realizou a IV Oficina de atualização em Prova Tuberculínica (PT) para 25 enfermeiros de Serviços de Atenção Especializada (SAE) a pessoas vivendo com HIV/aids. O objetivo é implementar a prova tuberculínica nos SAE para detectar a infecção latente da tuberculose (ILTB).

Uma pessoa pode  ter o bacilo da tuberculose sem estar doente. É a chamada infecção latente da doença: silenciosa e assintomática. Visto que a tuberculose é a doença que mais leva pessoas vivendo com HIV a óbito, o diagnóstico precoce da ILTB e seu tratamento são fundamentais para prevenir o desenvolvimento da doença. 

Por esta razão, a pessoa com HIV/aids deve fazer a prova tuberculínica anualmente. Um exame simples e disponível nos serviços de saúde do SUS.

Com carga horária de 40h, a oficina contou com o apoio do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, por meio da coordenadora Sheila Santiago, e dos enfermeiros multiplicadores Fagner Lopes, Rosalha Mota, Argina Gondim e Marisangela. 

Estas oficinas são parte de um projeto pioneiro no estado do Ceará, com metodologia validada pelo Ministério da Saúde. Em 2012 foram realizadas três oficinas, sendo esta IV, a primeira de 2013. 

Ao todo foram capacitados mais de 165 profissionais de saúde, sendo 125 enfermeiros e uma turma especial para 40 técnicos (enfermagem, laboratório e farmacêutico bioquímico). 

A V oficina já está programada para o mês de outubro.