sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Santa Catarina realiza 1º Concurso de Paródias sobre a Tuberculose

Do Comitê TB - SC

Durante o 24º Seminário Estadual de avaliação da tuberculose, a Secretaria de Saúde de Santa Catarina em parceria com o Comitê de Tuberculose realizou o 1º Concurso de Paródias sobre a Tuberculose. O evento aconteceu no Marambaia Hotel, no Balneário Camboriú, e contou com a participação de grupos de diversas regiões do estado.

Segundo a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose, Nardele Juncks, quando incluíram o concurso de paródias na programação do seminário, não se imaginava a repercussão, nem a adesão de vários municípios/grupos na atividade. 

“Decidimos incluir o concurso na programação com o objetivo de trabalhar o tema de forma lúdica, dando a oportunidade para os profissionais da saúde e representantes da sociedade civil, que não realizam ou participam de pesquisas, nem trabalhos operacionais, mostrarem o quanto são criativos, o quanto estão pensando e trabalhando no combate a tuberculose através de um trabalho diferente e bem humorado”, destacou.

Como resultado, seis grupos de diversas regiões do estado se apresentaram, cantando suas paródias sobre tuberculose. “Eles trouxeram instrumentos musicais, bom humor e a alegria para a plateia que se divertiu muito com as composições”, pontuou.

Com o sucesso do evento, Nardele pretende inserir o concurso no calendário da coordenação estadual com o objetivo de incentivar cada vez mais a participação de profissionais e representantes da sociedade civil em atividades educativas, voltadas a prevenção e adesão, diferenciadas, com mensagem simples e clara. 

Veja os vídeos do concurso aqui.


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Países dos Brics propõe acesso universal aos medicamentos contra tuberculose

Ebola e Aids também foram assuntos da reunião que aconteceu nesta sexta-feira (5)

Do R7

Foto: stoptb.org
Facilitar o acesso aos medicamentos de combate à tuberculose aos países do BRICS e em países de baixa renda. Este é principal resultado da 4ª Reunião de Ministros da Saúde do BRICS, que reuniu os representantes do Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, em Brasília, nos dias 2 a 5 de dezembro. O enfrentamento à má nutrição, as trocas de experiências em relação às ações de prevenção à aids e ebola também foram incluídos entres os compromissos firmados em um comunicado apresentado pelo ministro da Saúde, Arthur Chioro, nesta sexta-feira (5)

De acordo com Chioro, “O documento reflete a preocupação dos cinco países com a saúde global. A possibilidade de garantirmos o fornecimento gratuito de medicamentos de primeira linha contra a tuberculose é um marco, e demonstra nosso compromisso, o fomento ao desenvolvimento tecnológico, e respaldo às iniciativas multilaterais de saúde”

O documento prevê a construção de uma proposta para o acesso universal aos medicamentos de primeira linha para pacientes com tuberculose dos países do BRICS e de baixa renda. A OMS (Organização Mundial de Saúde) estima que 22 países sejam responsáveis por mais de 80% dos casos de tuberculose no mundo e que Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul representam 50% dos casos notificados. A expectativa é que seja atingida a meta de 90% dos grupos vulneráveis, e que 90% dos pacientes sejam diagnosticados. Como resultado, 90% das pessoas se tratem com sucesso.

Foto: planalto.gov.br
O acesso aos medicamentos pode contribuir, significativamente, para o alcance das metas globais pós-2015 e para a redução na incidência
dos casos de tuberculose multirresistente. Com o acesso universal aos medicamentos, o controle e a futura eliminação da tuberculose como um problema de saúde pública, ficam cada vez mais próximos de serem alcançados. O plano para universalização dos medicamentos de tuberculose será finalizado em março de 2015, quando especialistas do BRICS se encontrarão para definir as estratégias e metas que deverão ser adotadas pelos países.

Na área de HIV e aids, o debate foi em torno da adesão às metas voltadas para melhorar a qualidade de vida das pessoas com a doença. Os países pretendem cumprir a meta estabelecida pelo Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e pela Organização Mundial da Saúde, conhecida como 90-90-90, até 2020. A meta é testar 90% da população e, das pessoas que apresentarem resultado positivo, tratar 90%. Como resultado, conseguir que 90% das pessoas tratadas apresentem carga viral indetectável.

Os representantes expressaram preocupação sobre a epidemia do ebola e aprovaram a criação de um grupo de trabalho para desenvolver um plano conjunto de enfrentamento da doença. Na última quarta-feira (3), o governo brasileiro já havia anunciado a doação de R$ 25 milhões a agências das Nações Unidas, sendo US$ 5 milhões exclusivamente para a OMS realizar o combate ao vírus do Ebola e apoio à população na Guiné-Conacri, na Libéria e em Serra Leoa, países da África Ocidental mais afetados pela doença.

quinta-feira, 4 de dezembro de 2014

Parceria Brasileira contra a Tuberculose elege novo secretário executivo durante a comemoração dos 10 anos de existência


Por Observatório Tuberculose Brasil


Nos dias 27 e 28 de novembro, na sede da Fiocruz Brasília, o coletivo da Parceria Brasileira contra a Tuberculose (Stop TB Brasil) se reuniu em uma assembleia comemorativa aos 10 anos da sua criação. 

Durante o evento, Carlos Basilia, coordenador de advocacy, comunicação e Mobilização Social do Observatório Tuberculose Brasil da ENSP, e membro do segmento ativismo da Parceria, foi eleito pelo como novo secretário executivo da Stop TB Brasil para o biênio 2015/2016.

Criada em 2004, a Parceria Brasileira contra a Tuberculose conta atualmente com mais de cem entidades afiliadas, é uma instância colegiada, de caráter propositivo, consultivo e de mobilização social, voltada para promover a prevenção e o controle da tuberculose e da coinfecção TB/HIV por meio de esforços conjuntos e articulados com o PNCT/SVS/MS.

“Na condição de membro fundador e primeiro secretário executivo da parceria, sinto com otimismo que entramos em uma nova e promissora fase da mobilização desse importante conjunto de atores estratégicos para o enfrentamento da tuberculose no Brasil. Enquanto novo secretário executivo, quero renovar e estreitar as relações com a SVS/MS, ampliar o diálogo, e poder contar com o apoio da SVS na reformulação, estruturação e funcionamento da Parceria, e mais objetivamente na elaboração e execução de um plano de trabalho para o próximo biênio 2015/2016, em sintonia com a estratégia global de tuberculose pós 2015”, disse Basília.

A vice-coordenação ficou com a ONG Gestos, representada por Jair Brandão Filho, que prestou contas do exercício anterior no qual foi o secretário executivo.

No âmbito da ENSP/Fiocruz, o Observatório irá buscar uma maior articulação da Parceria com o Centro de Referência Prof. Hélio Fraga (CRPHF) e o Programa Fio_TB, em processo de implementação pela presidência da Fiocruz.

O evento contou com a participação do secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa, do coordenador do Programa Nacional de Tuberculose (PNCT), Draurio Barreira e do representante internacional do Stop TB Partnership, Joel Keravec.

Em sua fala, na conferência de abertura, Jarbas Barbosa destacou a importância da parceria como instância nacional de articulação e mobilização entre o governo e a sociedade civil, fortalecendo o controle social da tuberculose na agenda do SUS. Para ele, as articulações intersetoriais são fundamentais para garantir os direitos das pessoas com tuberculose e contribuir para a adesão ao tratamento a partir do recebimento de benefícios sociais e do acesso a programas já existentes, diminuindo a taxa de abandono e consequentemente a incidência de manifestações resistentes.

O coordenador do PNCT, Draurio Barreira, falou do protagonismo internacional do Brasil, na revisão da Estratégia Global e metas para a prevenção, atenção e controle da tuberculose pós-2015. “Devido à experiência em cobertura universal por meio do Sistema Único de Saúde e às propostas de proteção social para o enfrentamento da tuberculose, o Brasil foi protagonista na construção desta nova estratégia, sendo escolhido para apresentá-la na Assembleia Mundial de Saúde aprovada em maio de 2014. Baseada em três pilares, a nova estratégia amplia as ações de controle da doença, valorizando as ações de inovação e a incorporação de novas tecnologias, incluindo ações de proteção social aos pacientes, recomendando o acesso universal à saúde e estabelecendo metas arrojadas a serem atingidas. Isto significa que o mundo acordou uma estratégia para acabar com a tuberculose como uma pandemia - reduzindo a incidência para menos de 10 casos por 100.000 habitantes e a mortalidade em 95% até 2035”, concluiu Barreira.

Segundo Joel Keravec (Stop TB Partnership), o próximo plano de cinco anos da Stop TB Partnership (2016-2020) deve definir a direção para se alcançar as metas propostas nesta estratégia. Juntas, a OMS e a Stop TB Partnership irão trabalhar no desenvolvimento do plano de investimento global, e, quando necessário, buscar novos parceiros, dentro e fora do setor da saúde, a fim de implementar a nova estratégia.

A assembleia também aprovou novos membros e a incorporação do segmento da Rede dos Comitês da TB, junto ao grupo de trabalho da secretaria executiva para elaborar uma nova estruturação e organização da parceria com vistas aos novos desafios colocados pela nova Estratégia Global TB (OMS).