terça-feira, 18 de junho de 2019

Coordenadores dos Programas Estaduais de Controle da Tuberculose se reúnem em Brasília

Coordenadores estaduais, do distrito federal e das capitais se reuniram, nos dias 12 e 13 de junho, em  Brasília, para o encontro Nacional de Coordenadores do Programa de Controle da Tuberculose. A reunião  foi organizada pela Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças  de Transmissão Respiratória de Condições Crônica (CGDR/DCCI/SVS) e teve como objetivo apresentar a proposta do Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública e discutir as estratégias para a implementação do Plano nos estados. 
Durante o encontro os profissionais puderam discutir e avaliar os diferentes cenários locais, aprimorando ideias e analisando estratégias diferenciadas que podem ser implementadas em seu município ou estado para melhorar a resposta de enfrentamento à tuberculose. Para a coordenadora de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas, Denise Arakaki, “este é um momento de construção coletiva com a participação dos estados e municípios para o êxito das estratégias pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública no Brasil”, disse.
Com tendência de aumento, a tuberculose tem apresentado grandes desafios à Vigilância em Saúde e merece atenção de todos os gestores envolvidos com o tema para construção de um trabalho integrado entre diferentes setores. Um exemplo disso é a articulação de trabalhos específicos com grupos que historicamente são considerados mais sensíveis à doença, como as pessoas vivendo com HIV e a população privada de liberdade.
Para além desse dois grupos, os gestores devem estar atentos a realidade local na qual estão inseridos, onde a tuberculose pode ser predominante em públicos fora dos citados, como é o caso dos indígenas, população de rua, e, mais recentemente, os emigrantes, que têm apresentado um importante desafio devido à alta carga de incidência nesse grupo. Todas essas provocações foram levantadas durante o encontro para chamar a atenção dos participantes a terem um olhar mais analítico sobre sua situação local e, assim, traçar estratégias para mudar a tendência de aumento no números de casos.
Os dados apontam que o risco de adoecimento pela tuberculose é maior entre os homens, em especial os homens negros. Outro fator que tem chamado atenção é a influência de fatores sócio econômicos no aumento dos casos, pois a taxa de desemprego está diretamente ligada ao coeficiente da doença nos estados. Os números apontam que, quando a taxa de desemprego de uma localidade é menor que 11%, a mediana de adoecimento fica em torno de 24,6%. Esse número sobre para 36,2% quando a taxa de desemprego é elevada para 26,8%. Isso mostra que as ações de combate à tuberculose precisam ser pensadas e desenvolvidas de modo intersetorial para influenciar positivamente no setor saúde.
Como parte do esforço global para redução do coeficiente de incidência e mortalidade, o Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral de Vigilância das Doenças de Transmissão Respiratória de Condições Crônicas , elaborou o plano nacional com o objetivo de acabar com a tuberculose como problema de saúde pública no Brasil. O plano nacional pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública traz como metas a diminuição, até o ano de 2035, do coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e do número de óbitos para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes.
Ao fim da reunião, os coordenadores dos Programas Estaduais de Controle da Tuberculose se mostraram mais estimulados a subsidiar a implementação das estratégias propostas no Plano, e a traçarem estratégias que contemplem os pilares nos distintos cenários locais.

Fonte: SVS Informa

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