sexta-feira, 21 de dezembro de 2018

Saúde e NIH abrem chamada para financiar pesquisas

Fonte: Ministério da Saúde


Serão selecionados até dez projetos de parcerias entre pesquisadores brasileiros e norte-americanos

O Ministério da Saúde e o National Institutes of Health (NIH), dos Estados Unidos, abrem chamada para receber inscrições de pesquisadores brasileiros interessados em receber apoio para o financiamento de estudos em pesquisas biomédicas (modelos animais, secreções, tecidos, células e genes humanos) e clínicas (investigação em seres humanos). Ao todo, serão destinados R$ 22 milhões para até 10 projetos. Para participar da iniciativa, os cientistas brasileiros devem estabelecer parcerias com pesquisadores vinculados às instituições norte-americanas elegíveis mencionadas no edital. Cada proposta receberá US$ 175 mil anuais por um período de até quatro anos – prazo para conclusão das pesquisas.

As inscrições serão realizadas pelo sistema do NIH e estarão abertas a partir do dia 8 de fevereiro de 2019 e seguirão até o dia 8 de março. Os pesquisadores podem se inscrever e enviar carta de intenção, ou seja, um resumo da proposta de pesquisa e justificativa de participação para auxiliar na seleção aqui. A carta de intenções é facultativa.

Os pesquisadores interessados vão poder desenvolver pesquisas nos seguintes temas: HIV/Aids e comorbidades; arboviroses e patógenos emergentes e reemergentes; tuberculose; malária; biologia e controle de vetores; detecção e vigilância de doenças infecciosas; alergia, imunologia e transplantes; saúde infantil e desenvolvimento humano; doenças neurológicas e AVC; e ciências ambientais da saúde.

“A proposta é incentivar a intercambialidade entre pesquisadores dos dois países e, assim, aprofundar pesquisas sobre os temas propostos com foco em gerar soluções que sejam incorporadas ao SUS”, frisou Marco Fireman, Secretário de Ciência, Tecnologia e Insumos Estratégicos do Ministério da Saúde.

AVALIAÇÃO DAS PESQUISAS

Todos os projetos inscritos serão avaliados pelo National Institutes of Health a partir de critérios como expertise dos pesquisadores, potencial de impacto dos projetos no campo da saúde de forma geral, a abordagem e o potencial de inovação. O instituto não estabelece critérios de titulação acadêmica para a submissão das propostas. 

O NIH é um órgão de desenvolvimento de pesquisas médicas do governo do Estados Unidos e integra o Departamento de Saúde e Serviços Humanos do país.

A colaboração entre o Ministério da Saúde e o NIH teve início em 2013, com o financiamento da Coorte Brasileira de Tuberculose (RePORT-Brasil). Em 2014, uma chamada de pesquisa em parceria com o NIH selecionou 19 projetos brasileiros sobre doenças infecciosas e imunologia para receber financiamento de R$ 5,5 milhões. Os resultados dos estudos financiados foram apresentados ao Ministério da Saúde em novembro desse ano, durante evento de renovação da parceria com o NIH.



sexta-feira, 30 de novembro de 2018

Cabo realiza ação em alusão a Semana Estadual de Combate à Tuberculose

Fonte: Prefeitura do Cabo de Santo Agostinho


                        

O Cabo de Santo Agostinho é o terceiro município com mais casos de tuberculose identificados no estado de Pernambuco. Pensando nisso, a Secretaria Municipal de Saúde promoveu na manhã desta segunda-feira (26/11), na Unidade de Saúde da Família (USF) Bela Vista I, uma ação em alusão a Semana Estadual de Combate à Tuberculose. Na ocasião, foram entregues panfletos educativos e ofercido orientações sobre os métodos de prevenção e tratamento.

Na ação, profissionais de saúde alertaram sobre os tipos da doença, além de destacar o principal caso registrado, a tuberculose pulmonar. Apesar de ser mais comum no pulmão, a doença pode atingir outras partes do corpo, como rins, olhos, meninges e a pele.

Segundo a Coordenadora Municipal do Programa de Controle à Tuberculose, Vanessa Cordeiro, a principal ferramenta para a prevenção é o conhecimento. “Quanto mais informação for levada, menos casos serão identificados. O Sistema Único de Saúde (SUS), disponibiliza   tratamentos gratuitos, e quando os sintomas são observados, é essencial que o indivíduo procure um profissional para fazer a avaliação“, disse.

Para realização de exames mais rápidos e eficazes, o município disponibiliza um equipamento de rastreio da tuberculose, considerado como um dos mais modernos atualmente, denominado teste rápido molecular. Com a nova tecnologia, o resultado do exame pode sair em até duas horas.

“Descobri a doença no ano de 2016. Depois de 15 dias com uma tosse forte e febre baixa, fui até o hospital. Quando diagnosticado, comecei a tomar o medicamento diariamente e realizar visitas regulares ao médico” afirmou Ivanildo Batista, de 59 anos, que identificou a tuberculose em fase inicial. “O tratamento, apesar de delicado, deve ser feito assim que os primeiros sintomas aparecerem”, concluiu ele.

O paciente, para realização dos exames e testes rápidos, deve procurar a Unidade de Saúde da Família (USF) mais próxima da sua casa ou o Centro de Testagem e Aconselhamento Herbert de Souza, no Centro do Cabo. Para o atendimento, é necessário portar um documento de identificação com foto.

DOENÇA – A tuberculose é uma doença muito ativa em toda a população pernambucana e na maioria dos casos está associada ao alcoolismo, ao uso de drogas, diabetes, soropositivos e transplantados. Sendo mais frequente em homens na faixa etária entre 20 e 60 anos, os principais sintomas são: tosses por mais de três semanas, febre baixa, principalmente no período de final de tarde, suor noturno muito intenso e a perda de peso acelerada.

Texto: Luana Valentim – Estagiária Secom/Cabo

Fotos: Pedro Batista







quinta-feira, 4 de outubro de 2018

Jundiaí recebe prêmio por tratamento contra tuberculose

Fonte: Jornal da Região



Jundiaí recebeu, na última semana, mais um prêmio pelo desempenho do Município em “Qualidade nas Ações de Controle da Tuberculose”. A cidade ficou com a primeira colocação entre as localidades com mais de 100 casos registrados, com mais de 87,9% de cura entre os casos novos, pelo Fórum Estadual da Tuberculose 2018, realizado pelo governo do Estado de São Paulo, Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, Coordenadoria de Controle de Doenças do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” – Divisão Tuberculose.

Segundo a médica da Vigilância Epidemiológica da Unidade de Gestão de Promoção da Saúde (UGPS), Sandra Ervolino, responsável pelo programa contra a doença na cidade, anualmente, no ano foram registrados 122 novos casos de tuberculose, número que tem se mantido constante em relação à população municipal.

"Essa premiação é muito importante e representa o trabalho em conjunto realizado não somente pela Equipe da Vigilância Epidemiológica (VE), como das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), dos Centros de Referência e Assistência Social (Cras), Creas-POP, Ambulatório de Moléstias
Infectocontagiosas (AMI) e Consultório na Rua. Em 48 horas temos o diagnóstico fechado com a equipe promovendo o tratamento do paciente”, detalha.

O tratamento varia entre seis meses e um ano. O exame de escarro, que identifica a o Bacilo de Kock (causador da doença), está disponível em toda a rede, gratuitamente e não há necessidade de encaminhamento médico para a realização. No ano passado, a cidade foi contemplada com premiação pelo Desempenho nas Ações de Controle de Tuberculose. No início deste ano, em março, foi premiado pela cobertura acima de 90% em exames de HIV/Tuberculose.


sexta-feira, 28 de setembro de 2018

Ministério da Saúde publica o Protocolo de vigilância da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis no Brasil



O Ministério da Saúde, por meio da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (CGPNCT), do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (DEVIT / SVS / MS), publicou o Protocolo de vigilância da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis no Brasil

            A vigilância da infecção latente pelo Mycobacterium tuberculosis (ILTB) visa, a partir da notificação e acompanhamento das pessoas em tratamento, construir o panorama epidemiológico da ILTB nos territórios, monitorando o cuidado prestado a esses indivíduos nos serviços de saúde e gerando informações que melhor representem a realidade do país, subsidiando a tomada de decisão.

            O presente protocolo foi desenvolvido em parceria com o Grupo Técnico de Trabalho sobre ILTB, assessor da CGPNCT. Esse grupo é composto por representantes dos serviços públicos de saúde das três esferas de gestão, profissionais que prestam cuidados diretos às pessoas em tratamento para TB e ILTB, e membros de instituições acadêmicas. Além deles, diversos colaboradores de diferentes representações do país foram consultados, e, especialmente durante as visitas iniciais aos estados e estudos piloto, tiveram a oportunidade de construir coletivamente este Protocolo.

            O objetivo desse documento é oferecer aos profissionais de saúde e aos programas de controle da tuberculose (das esferas estaduais e municipais) subsídios para implantar a vigilância da ILTB em seus territórios, ao tempo que apresenta estratégias de fortalecimento e ampliação da vigilância da ILTB onde essa já está implantada.

Infecção Latente pelo Mycobacterium tuberculosis

A ILTB ocorre quando uma pessoa se encontra infectada pelo Mycobacterium tuberculosis, sem manifestação da doença ativa. Em geral, as pessoas infectadas permanecem saudáveis por muitos anos, sem transmitir o bacilo, e com imunidade parcial à doença. Estima-se que um quarto da população mundial esteja infectada pelo Mycobacterium tuberculosis. 

Isso, todavia, não significa que todos os infectados adoecerão com a forma ativa da TB, e sim que constituem reservatórios do bacilo que podem ser reativados sob condições de resposta imunológica alterada. 

O maior risco de adoecimento se concentra nos primeiros dois anos após a primo-infecção, mas o período de latência pode se estender por muitos anos. Fatores relacionados à competência do sistema imunológico podem aumentar o risco de adoecimento, e entre estes, destaca-se a infecção pelo HIV. Outros fatores de risco são as doenças ou tratamentos imunossupressores, idade menor do que dois anos ou maior do que 60 anos, diabetes mellitus e desnutrição.

segunda-feira, 24 de setembro de 2018

Reunião de Alto Nível da ONU sobre Tuberculose terá transmissão ao vivo pela web

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A Reunião de Alto Nível da ONU sobre Tuberculose  acontecerá no dia 26 de setembro,em Nova York, durante a Assembléia Geral das Nações Unidas,  

Durante a 1ª Reunião de Alto Nível das Nações Unidas sobre Tuberculose, Estados-membros deverão abordar os  principais desafios na resposta global, incluindo a garantia de acesso  aos serviços de tuberculose, bem como questões relacionadas a proteção social da pessoa com tuberculose e  a incorporação de inovações  novas tecnológicas  que aprimorem o controle da doença. Acesse aqui a Declaração que será assinada pelos Estados-membros.

Durante o período da reunião acontecerão  eventos organizados por  parceiros e partes interessadas no enfrentamento da tuberculose no âmbito global. , incluindo o  STOP TB Partnership , OMS, USAID, WEF, Fundo Global, African Union, IFRC, KNCV, MSH, PATH, UNION, UNITAID, UNICEF, UNAIDS, UNF, CDC, GFAN, OSF, PIH, TB People, Nikkei e J&J.

Você poderá poderá assistir as sessões através do site da STOP TB Partnership  ou  através  Web TVda ONU .  

Mais informações sobre a semana da Reunião de Alto Nível e TB da ONU em Nova Iorque:

Acesse  aqui  a agenda preliminar da Reunião de Alto Nível sobre Tuberculose. 

Para mais informações sobre a semana de tuberculose em Nova York, acesse aqui

Fonte: STOP TB Partnership

quarta-feira, 12 de setembro de 2018

Programa Nacional de Controle da Tuberculose lança Boletim Epidemiológico sobre experiências de programas de controle da tuberculose: ‘Porque juntos iremos detectar, tratar e acabar com a tuberculose como problema de saúde pública’




Ocorreu no 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Topical e VII Workshop Nacional da Rede Brasileira de Pesquisas em Tuberculose (REDE-TB), Olinda (PE), o lançamento do Boletim Epidemiológico sobre experiências de programas de controle da tuberculose: ‘Porque juntos iremos detectar, tratar e acabar com a tuberculose como problema de saúde pública’

A edição inaugural desse Boletim traz relatos das experiências de estados e municípios brasileiros na elaboração e implementação de ações para o enfrentamento da tuberculose como um problema de Saúde Pública no Brasil em, particularmente, seus territórios. As experiências relatadas, além de valorizar o protagonismo dos programas de controle da tuberculose, estabelecem um diálogo entre os serviços de saúde e a sociedade. O Boletim Experiências de Programas de Controle da Tuberculose: ‘Porque juntos iremos detectar, tratar e acabar com a tuberculose como problema de saúde pública no Brasil’, produzido pela Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, constitui um importante instrumento de comunicação e divulgação das experiências exitosas na prevenção, assistência e controle da tuberculose no Brasil.  Acesse aqui o Boletim 



segunda-feira, 10 de setembro de 2018

No MedTrop, Prêmio Jovem Pesquisador fica com a SVS

Fonte: SVS Informa


O Programa Nacional de Controle da Tuberculose da Secretaria de Vigilância em Saúde (PNCT/SVS) foi destaque no 54º Congresso da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (MedTrop), que acontece no Centro de Convenções de Pernambuco, em Olinda, até amanhã, quarta-feira (05/09). Daniele Pelissari, técnica do PNCT, ganhou o primeiro lugar no Prêmio Jovem Pesquisador, na categoria doutorado. A premiação ocorreu durante o MedTrop e foi prestigiada pelo secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Osnei Okumoto.

Aluna do programa de doutorado em Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública/USP, Daniele ganhou o prêmio com o  trabalho "Impacto do encarceramento na incidência da tuberculose e sua interação com a desigualdade da distribuição de renda". Na entrega do prêmio estavam presentes a coordenadora do PNCT, Denise Arakaki, e o orientador do trabalho, o professor da USP, Fredi Alexander Diaz Quijano.

Durante a abertura do 54º MedTrop, o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto, ressaltou que a maior parte dos 15 trabalhos apresentados por técnicos do Ministério da Saúde no congresso são sobre tuberculose e imunização em sarampo e pólio. Na oportunidade, ele aproveitou para parabenizar todo o corpo técnico da SVS. “É com satisfação que estou representando a Secretaria e orgulhoso em ver o sucesso do trabalho realizado pela nossa equipe de colaboradores”, disse Okumoto. 

A  solenidade  de  abertura  do evento foi  palco  ainda  de  várias outras premiações,  entre elas a Medalha  Mérito  Científico  Carlos  Chagas  para o pesquisador  sênior  da  Sociedade Brasileira de Medicina Tropical (SBMT),  concedida  ao  professor  Jeffrey  Jon  Shaw. 

A  SBMT  premiou  ainda  comunicadores  científicos  com  os  prêmios:  Jornalista  Tropical  (3  categorias)  e  NHR  Brasil  de  Jornalismo,  específico  sobre  matérias  relacionadas  à  hanseníase.  


quinta-feira, 30 de agosto de 2018

Médicos de PE passam por treinamento sobre manejo clínico da tuberculose

Fonte: FolhaPE Notícias


A capacitação será ministrada por consultores do Programa Nacional de Controle da Tuberculose

Profissionais de saúde de Pernambuco, mais  especificamente médicos que cuidam de casos de tuberculose, passam por treinamentos na Secretaria Estadual de Saúde (SES), no Bongi, até a próxima sexta-feira (31). O curso trará atualizações em manejo clínico adulto e pediátrico para a doença que, de acordo com a Organização Mundial de Saúde (OMS), tem percentuais de cura e de abandono de 85% e 5%, respectivamente.

Já em Pernambuco, as taxas registradas em 2016 foram de 71,4% e 8%. O treinamento foi viabilizado por meio de uma parceria do Programa Estadual de Controle da Tuberculose e do Ministério da Saúde. 

A capacitação, dividida em módulos, é baseada no novo manual de recomendações sobre a doença compilado pelo Ministério e será ministrada por consultores do Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Entre os temas abordados estão infecção latente da tuberculose, resistência e falência do tratamento e principais comorbidades relacionadas.

A expectativa é de que mais de cem profissionais passem, diariamente, pelo treinamento. O público-alvo do curso são médicos com perfil de multiplicador que atuem na Atenção Primária e nas Referências Secundárias das Regiões de Saúde, médicos que atuam no Sistema Prisional e pneumologistas e infectologistas no âmbito dos Hospitais Gerais, Unidades Pernambucanas de Atendimento Especializado (UPAEs) e Serviços de Atenção Especializada (SAE).

Doença

A tuberculose é uma doença curável que afeta, principalmente, os pulmões. A enfermidade é transmitida pelo bacilo de Koch. A forma pulmonar bacilífera (contagiosa) é a mais relevante em saúde pública por ser a responsável pela manutenção da cadeia de transmissão. A busca ativa do paciente sintomático respiratório constitui-se na principal estratégia de controle da tuberculose, uma vez que permite a detecção precoce das formas pulmonares.

O tratamento da doença é disponibilizado pelo Sistema Único de Saúde (SUS) nos postos de saúde e dura, em média, seis meses. A boa adesão à medicação evita que o paciente transmita a doença ou desenvolva formas mais graves da enfermidade. Em 2017, Pernambuco registrou 4.650 casos de tuberculose.

terça-feira, 28 de agosto de 2018

Comitê Técnico Científico Assessor da Tuberculose participa de reunião na SVS

Fonte: SVS Informa


O Comitê Técnico Científico Assessor de Tuberculose (CTA) participa de reunião nessa terça-feira (28/08), em Brasília, com a Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Essa será a primeira reunião ordinária do CTA, instituído pela Portaria Nº 02, de 11 de abril de 2018.  

O objetivo do evento é apresentar as atividades desenvolvidas pela Coordenação nos últimos 12 meses, com base nas estratégias estabelecidas no Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. Também serão apresentadas as novas recomendações para o controle da tuberculose descritas no Manual da TB, com previsão de lançamento para setembro, e dado um informe sobre o andamento do processo de implantação dos protocolos da vigilância do óbito e da infecção latente no país.

A reunião  contará  com a participação de representantes da Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose  (CGPNCT/SVS), do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis (DEVIT/SVS),  Secretaria de Atenção à Saúde (SAS), do Conselho Nacional de Secretários de Saúde (CONASS), Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (CONASEMS),  Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS-Brasil), Associação Brasileira de Enfermagem (ABEN), Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, de   Medina Tropical, de Medicina de Família e Comunidade, Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/FIOCRUZ),  Parceria Brasileira Contra a Tuberculose, Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose (Rede–TB), além de gestores e especialistas no tema. 



sexta-feira, 10 de agosto de 2018

SVS propõe criação de Comitê Interministerial pelo Fim da Tuberculose

Fonte: SVS Informa


Aconteceu na manhã desta sexta-feira (10), a reunião preparatória para a criação do Comitê Interministerial pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil. O objetivo da reunião foi apresentar a proposta de criação do Comitê e pactuar uma agenda interministerial de trabalho. A criação do novo organismo deverá ocorrer por meio de Decreto Presidencial.
 
Para discutir a proposta, além do Ministério da Saúde, participaram da reunião representantes dos ministérios do Desenvolvimento Social, Direitos Humanos, Cidades, Extraordinário da Segurança Pública, Relações Exteriores, Educação e Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação.
 
O secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), Osnei Okumoto, destacou a importância da iniciativa, salientando que “a tuberculose continua sendo um grave problema de saúde pública. Em 2017, o Brasil notificou 72.000 casos novos da doença. Por isso, iniciativas como a criação do Comitê Interministerial são muito importantes para que o Brasil possa honrar os compromissos assumidos junto à Organização Mundial de Saúde e à sociedade”.
 
De acordo com estudo apresentado por Denise Arakaki, titular da Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Departamento de Doenças Transmissíveis (CGPNCT/DEVIT), a “tuberculose é a doença que mais mata no mundo, apesar de ter tratamento”. Na reunião dessa sexta-feira, ela destacou a importância da intersetorialidade  na formação do Comitê “porque as pessoas com menos escolaridade são aqueles que mais adoecem por tuberculose, além de serem as de menor poder aquisitivo, por isso outros ministérios precisam estar envolvidos para apontar soluções”. Ela destacou ainda a importância do Programa Bolsa Família por funcionar como proteção social e reduzir o número de casos de tuberculose entre a população de baixa renda.
 
Com a criação do organismo interministerial será possível fortalecer o desenvolvimento de ações multissetoriais direcionadas à proteção social, à garantia dos direitos humanos, à educação e à cidadania da pessoa com tuberculose, bem como garantir a intensificação da pesquisa e a inovação para a incorporação de iniciativas inovadores visando o aprimoramento do controle do agravo.
 
O Ministério da Saúde, por meio da CGPNCT/DEVIT, assumiu o compromisso de propor a criação do organismo durante a primeira “Conferência Ministerial Global: fim da tuberculose na era dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável”, realizada em Moscou, Rússia, em 2017, explicou Denise Arakaki.
 
Plano Nacional - No ano de 2017, em consonância com a Estratégia pelo Fim da Tuberculose da Organização Mundial de Saúde (OMS), foi lançado o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública. O plano apresenta como metas reduzir os coeficientes de incidência da doença para menos de 10 casos e de mortalidade para menos de um óbito a cada 100 mil habitantes até 2035. As estratégias de enfrentamento estão organizadas em três pilares: prevenção e cuidado integrado centrados na pessoa com tuberculose; políticas arrojadas e sistema de apoio; e intensificação da pesquisa e inovação.
 
A tuberculose (TB) segue como um grave problema de saúde pública no mundo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), é a doença infecciosa de agente único que mais mata, superando o HIV. Em 2016, 10,4 milhões de pessoas adoeceram de tuberculose no mundo, e cerca de 1,3 milhão de pessoas morreram em decorrência da doença.

terça-feira, 7 de agosto de 2018

Carta Manifesto Fórum Estadual de Tuberculose do Rio de Janeiro



MANIFESTO FÓRUM ESTADUAL DE TUBERCULOSE DO RIO DE JANEIRO
Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose no Rio de Janeiro - 6 de agosto 2018

Por conta do Dia Estadual de Conscientização, Mobilização e Combate à Tuberculose no Rio de Janeiro - 06 de agosto, nós, integrantes do Fórum de Luta Contra a Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro (*), instância de articulação, mobilização e representação política do coletivo de entidades não-governamentais, governamentais, academia, associações comunitárias, Fóruns e Redes envolvidas no combate à Tuberculose neste Estado, vimos à público sinalizar a importância dessa data e da necessidade do engajamento solidário da população como um todo, para o enfrentamento efetivo e exitoso dessa doença que,   mesmo   antiga,   com   causas,   sintomas   e   tratamento   conhecidos   a   muitos   anos, continua a afetar milhares de pessoas em todo o mundo, inclusive no Brasil, com incidência acentuada nos segmentos e territórios mais vulneráveis, tais como moradores de comunidades empobrecidas, pessoas vivendo em situação de rua, privados de liberdade, indígenas e pessoas imunodeprimidas, com elevada relevância  junto às pessoas com HIV/Aids.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) aponta que, no mundo, 10,4 milhões de pessoas tiveram tuberculose em 2015, sendo que mais de 1,7 milhão de pessoas morreram por conta da doença, sendo  cerca de 400 mil pessoas coinfectadas com o HIV. A tuberculose multidroga resistente (TB-MDR) continua a ser um grande desafio de saúde pública e uma ameaça à segurança da Saúde.

Esses resultados configuram a Tuberculose como um grave problema de Saúde Pública, salientando-se que a OMS a reconhece como a doença infecciosa de maior mortalidade no mundo, superando o HIV e a Malária juntos.

Em que pesem os avanços nessa luta nos últimos anos, os dados epidemiológicos, no mundo como um todo e, em especial no Brasil, são extremamente preocupantes. Com uma média de 66.796 mil novos casos e 4.543 óbitos ao ano, e uma incidência de 32,4/100 mil habitantes, o Brasil continua a fazer parte do grupo de 20 países que, juntos, concentram 80% dos casos de tuberculose no mundo, razão do Compromisso Global de acabar com a epidemia de tuberculose até 2030.” (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável - ODS).

Já o Estado do Rio de Janeiro possui a maior incidência de casos no país (65,70 para cada 100.000 habitantes). No ano de 2016 foram notificados 14.453 casos em todo o Estado, sendo 10.761 casos novos. Cerca de 9,9% destes casos são de pessoas coinfectadas com o vírus HIV, sendo que a taxa de mortalidade no Estado, de 2001 a 2015, foi de 4.1 com 739 óbitos/ano.  

Sabemos que o processo de descontinuidade no tratamento da tuberculose se deve, em   grande   parte,   à   precariedade   de   atendimento   na   grande   maioria   das   Unidades Públicas   de   Saúde   do   país;   seguidas   de   uma   sucessão  de   falhas no processo que, quando denunciadas,   geram justificativas frágeis, explicações descontextualizadas e, perdoem-nos, nenhuma ação que de fato, solucione os problemas que, mais que  simples   denúncias,   são,  na   prática,   um   forte   e   significativo   indício   de   total abandono  à   própria   sorte   dos   pacientes   e   dos   profissionais   dessas   Unidades;   o   que caracteriza a tuberculose enquanto “doença negligenciada”.

Diante de tantas lacunas é que vimos conclamar a população e cobrar das Autoridades e Gestores   da   Saúde, nos âmbitos Federal, Estaduais e Municipais, maior   empenho   no   enfrentamento   da   Tuberculose   e   seus determinantes sociais, acreditando que, por meio das ações abaixo propostas, seremos capazes de reverter os atuais indicadores da Tuberculose no Brasil e no mundo.

Propomos:

1. Aumento na participação das Organizações da Sociedade Civil e Grupos de Pessoas Afetadas   no   processo   de   enfrentamento   da   doença   e   do   estigma, valorizando as experiências e realidades locais;

2. Fortalecimento do investimento político, técnico e financeiro, na área de mobilização social, como componente estratégico e importante para o controle da tuberculose, assim como para a sustentabilidade da participação das Organizações Não Governamentais envolvidas   no   enfrentamento   da   TB; especialmente no combate ao estigma, ao preconceito e à discriminação, associados à ela;

3. Incremento nas ações de comunicação, informação e mobilização junto à população geral e, em especial, os territórios populacionais mais vulneráveis, com a criação de campanhas permanentes para populações específicas, utilizando novas estratégias para abordar o tema e garantir a visibilidade para a doença no Brasil;

4. Ações articuladas   com   as   Casas   Parlamentares, em âmbito Nacional, Estadual e Municipal, para adequação da Legislação no sentido de garantir o acesso aos pacientes e familiares aos benefícios sociais necessários;

5. Promoção da defesa e dos Direitos Humanos das populações mais vulneráveis à TB, em   especial   as   populações   em   situação   de   rua e privadas de liberdade, além   dos extremamente pobres, usuários de álcool e outras drogas e coinfectados pelo HIV;

6. Fortalecimento de parcerias intersetoriais, sobretudo com as áreas de Atenção Básica, Saúde Mental e Direitos Humanos, na perspectiva do enfrentamento ao crack e contra qualquer medida de internação compulsória;

7. Fortalecimento da atuação das lideranças do Movimento Social da TB nas instâncias de controle social, contribuindo no acompanhamento e aprimoramento das Políticas Públicas de Saúde relacionadas ao enfrentamento da TB e garantia da sustentabilidade das ações de base comunitária;

8. Adoção   de   uma   postura   de   protagonismo   na   discussão   acerca   da   adoção   de mecanismos de proteção social às pessoas com TB, sintonizada com a nova Estratégia Global de Controle da TB (End TB/OMS); com ênfase na cobertura universal, acesso rápido e gratuito ao diagnóstico e tratamento da TB, com suporte social às famílias afetadas pela doença;

9. Mobilização   e   fortalecimento   das   diferentes   instâncias   governamentais, direta   ou indiretamente envolvidas com a Tuberculose, de forma a criar condições e estimular ações efetivas na reversão dos atuais quadros epidemiológicos;

10. Investir esforços junto às diferentes instâncias de formação profissional médica e de áreas afins, diminuindo o desconhecimento a respeito da Tuberculose.

11. Fomentar, entre as diferentes instâncias governamentais, que uma parte dos recursos financeiros resgatados nas operações contra a corrupção, sejam no âmbito nacional, estadual ou municipais, sejam destinados ao enfrentamento da Tuberculose e suas coinfecções.


Finalizando, insistimos que nós, do Movimento Social de Luta Contra a Tuberculose; acreditamos   que   só   através   da   mobilização   social e do compromisso   político   dos gestores, bem   como, da   melhoria   das   condições   de   vida   da   população; junto à implementação de políticas públicas de moradia, trabalho e renda, é que poderemos conter o avanço da doença e reverter o atual quadro da mesma.

(*) Criado em 06 agosto de 2003, a partir da constatação da situação da tuberculose no mundo, no Brasil e, em especial, no Estado do Rio de Janeiro, o Fórum Estadual de Combate à Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro é uma instância representativa das Instituições não-governamentais, governamentais, Academia e Associações Comunitárias e sem fins lucrativos que desenvolvem atividades de advocacy, comunicação, mobilização social e educação em saúde; com o objetivo de mobiliza-las para atuarem também no desenvolvimento de atividades de prevenção, assistência e defesa da dignidade, da cidadania e dos direitos humanos das pessoas afetadas pela Tuberculose no âmbito do Estado, com participação efetiva em diferentes instâncias no âmbito local, nacional e internacional.

Rio de Janeiro-RJ, agosto de 2018.

Colegiado Gestor
Fórum Tuberculose RJ
Rede Jovem Rio+
Observatório TB e FBB
CEDUS e Grupo Pela VIDDA Niterói
Cruz Vermelha Brasileira;
CEDAPS e Centro Social Fusão
AMAC e Grupo Articulação SPA
Programa de Controle da Tuberculose - SES/SMS/RJ
Programa de Controle da Tuberculose - Itaboraí
Programa de Controle da Tuberculose – Mesquita


Relatório Luz II 2018" GT Sociedade Civil para Agenda 2030

Fonte: Observatório Tuberculose Brasil


"Relatório Luz II 2018"

Grupo de Trabalho da Sociedade Civil para Agenda 2030 que analisou a partir de dados oficiais, 121 das 169 metas que compõem o acordo dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), do qual o Brasil é signatário.

*A tuberculose é abordada no campo ODS 3: SAÚDE E BEM - ESTAR* 


Boa leitura! (em anexo)

quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/ENSP/Fiocruz) promoveu, no dia 31 de julho, a abertura do Curso de Especialização em Pneumologia Sanitária

Fonte: Observatório da Tuberculose Brasil



O Centro de Referência Professor Hélio Fraga (CRPHF/ENSP/Fiocruz) promoveu, no dia 31 de julho, a abertura do Curso de Especialização em Pneumologia Sanitária. Na ocasião a Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Denise Arakaki, apresentou o Plano Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT).

O objetivo do curso que está em sua 40°edição se incluirmos as edições do curso na versão aperfeiçoamento, é capacitar profissionais de saúde de nível superior a analisar criticamente, planejar, promover ações e gerenciar programas de controle, desenvolver vigilância epidemiológica,no âmbito da tuberculose.

A especialização é voltada para profissionais de saúde de nível superior que atuam na área de pneumologia sanitária, em especial a tuberculose, ou com interesse e perspectiva de atuar na área de pneumologia sanitária. 

De acordo com a nova classificação da Organização Mundial da Saúde, o Brasil ocupa a 20ª posição na lista dos 30 países prioritários para TB e a 19ª posição na lista dos 30 países prioritários para TB-HIV. 

No Brasil, entre os anos de 2015 e 2016, foram registrados 69 mil casos novos da doença diagnosticados, com cerca de 4.500 mortes em 2015.

O objetivo é acabar com a tuberculose como problema de saúde pública no país até 2035, reduzindo o coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e diminuindo também o coeficiente de mortalidade para menos de um óbito por 100 mil habitantes.

Denise Arakaki apresentou a estrutura do Programa Nacional de Controle da Tuberculose 
falou sobre os cuidados integrados, centrado no paciente, tais como: diagnóstico precoce de todas as formas da tuberculose, TSA universal, investigação sistemática dos contatos e das populações mais vulneráveis, tratamento de todas as pessoas com a doença, inclusive drogarresistente, dar apoio ao paciente, testagem e tratamento preventivo para pessoas de alto risco e vacinação. "Agora temos um novo mapa do Brasil e podemos saber qual é o motor da epidemia em cada lugar”

Quanto às políticas e Sistema de Apoio, apontou como fundamental maior comprometimento político, da inovação e pesquisa, alocação adequada de recursos para o cuidado e prevenção da tuberculose, da importância do controle social e do engajamento comunitário das organizações da sociedade civil. Pela primeira vez, o problema será discutido em nível máximo na Conferência de Alto Nível na próxima Assembleia Geral das Nações Unidas em setembro em NY. 

A atividade contou com a participação do coordenador do Hélio Fraga, Jesus Pais Ramos, também representando o diretor da ENSP, Hermano Castro, da representante da Vice-Presidência de Ensino, Informação e Comunicação (VPEIC) da Fiocruz, Maria Cristina Guilam, da representante do Ministério da Saúde e coordenação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Denise Arakaki, do representante do Observatório Tuberculose Brasil, Carlos Basilia e do representante do Fórum de Tuberculose RJ, Roberto Pereira. 

Conheça o Plano Nacional TB: http://portalms.saude.gov.br/artigos/960-saude-de-a-a-z/tuberculose/41915-plano-nacional-pelo-fim-da-tuberculose


sexta-feira, 20 de julho de 2018

Programa Nacional de Controle da Tuberculose realiza Encontro Nacional de Coordenadores de Tuberculose


A Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose realizou, no  dia 12 de julho, reunião com todos os 27 coordenadores estaduais e de 5 capitais com maior número de casos de tuberculose no País. Durante a reunião foram apresentadas as principais mudanças que farão parte do novo Manual de Recomendações do Programa de Controle da Tuberculose que será publicado e distribuído no segundo semestre de 2018.

No encontro também foi apresentado o protocolo de transferências nacionais e internacionais de pessoas em tratamento. O documento estabelece fluxos para a continuidade do tratamento da pessoa com tuberculose em outros locais. Além disso, o protocolo da Vigilância da Infecção Latente da Tuberculose (ILTB) foi apresentado e discutido com todos os coordenadores presentes ao evento. No protocolo constam todos os processos para implantação da vigilância da ILTB nos diversos locais, bem como os detalhes do sistema de informação que será utilizado para registro dos casos em tratamento da infecção. 





quinta-feira, 19 de julho de 2018

Nota Informativa Conjunta nº 01/2018 entre a CGPNCT/DEVIT/SVS/MS e a CGIAE/DANTPS/SVS/MS – Informa sobre a Vigilância do Óbito com menção da TB nas causas de morte


Foi publicado essa semana a Nota Informativa Conjunta nº 01/2018 entre a CGPNCT/DEVIT/SVS/MS e a CGIAE/DANTPS/SVS/MS, que tem como objetivo sensibilizar e fortalecer a parceria com os técnicos do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM) e as equipes de Vigilância do Óbito nos estados e municípios sobre a vigilância do óbito com menção da TB.

Na nota consta as atividades conjuntas entre os setores, além de reforçar a qualificação das causas de morte no SIM, após investigação, e que esses procedimentos serão realizados com fins estritamente epidemiológicos.

Em caso de dúvidas, entrar em contato no e-mail: tuberculose@saude.gov.br

quinta-feira, 12 de julho de 2018

Panorama da tuberculose no Brasil: Diagnóstico situacional a partir de indicadores epidemiológicos e operacionais

O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) divulga o terceiro número do Panorama da Tuberculose no Brasil com o tema “Diagnóstico situacional a partir de indicadores epidemiológicos e operacionais”. A tuberculose ainda se configura como problema de saúde pública no Brasil. Em 2016, no país, foram registrados 69.509 casos novos, e, em 2015, 4.610 mortes atribuídas à doença. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o Brasil ocupa a 20ª posição na lista de países de alta carga de tuberculose e a 19ª na lista de alta carga de coinfecção TB-HIV.

Em junho de 2017, o Ministério da Saúde, por meio do PNCT, lançou o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose como Problema de Saúde Pública no Brasil. Construído a partir da discussão com gestores de programas de tuberculose, sociedade civil e academia, o plano tem por meta a redução do coeficiente de incidência de tuberculose para menos de 10 casos por 100 mil habitantes até 2035 e a redução do coeficiente de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até o mesmo ano.

O terceiro número do “Panorama da Tuberculose no Brasil”, oferece aos trabalhadores da saúde, à academia e à sociedade civil um conjunto de indicadores da doença que auxiliam no diagnóstico situacional das Unidades Federadas, Distrito Federal e capitais brasileiras. 

O conhecimento desses indicadores é imprescindível para a construção do planejamento de atividades dos Programas de Controle da Tuberculose. 

A publicação está disponível neste link:

Nota: Os dados apresentados no panorama são referentes às bases de dados consolidadas das 26 Unidades Federadas e o Distrito Federal em maio de 2017.

segunda-feira, 9 de julho de 2018

Fórum de Tuberculose RJ elege nova coordenação colegiada


Às vésperas da celebração dos 15 anos de fundação, o Fórum de Tuberculose RJ elege sua nova coordenação colegiada e formaliza sua nova configuração.

Em assembleia geral realizada em 05 de julho de 2018 na sede da Federação de Bandeirantes do Brasil (FBB), as instituições membro do Fórum Estadual de Luta Contra a Tuberculose RJ aprovaram o seu novo formato de organização, representação e participação, e elegeram as entidades que, à partir de agora, passam a compor o Grupo Gestor responsável pelas diretrizes, representação política e ações de Advocacy, Comunicação e Mobilização Social do Fórum.

Entidades eleitas e suas respectivas linhas de ação:

1- Advocacy:
• Pela Vidda Niterói - Inácio Queiróz; e
• Cedus - Roberto Pereira

2- Organização e Logística:
• Observatório TB - Carlos Basilia; e
• FBB - Cazu Barros

3- Comunicação e Mobilização Social:
Observatório TB - Carlos Basilia; e
• CEDAPS - Juliana Reiche

4 - Comunitária:
• Centro Social Fusão - Ana Leila;
• AMAC - Sheila Fortunato;
• Grupo Articulação SPA - Sônia Regina Gonçalves

5- Fóruns e Redes:
• Cruz Vermelha Brasileira; Mônica M.B.Dinis;
• CEDAPS - Wanda L.B.Guimarães; e
• Rede Jovem Rio + Leonardo A. Almeida

6- Gestores e Academia:
• Programa de Controle da Tuberculose - SES/SMS/RJ - Maíra Guazzi;
• Programa de Controle da Tuberculose - Itaboraí - Maria José F.P; e
• Programa de Controle da Tuberculose - Mesquita, Vânia Ramos

sexta-feira, 6 de julho de 2018

Rede de pesquisa em tuberculose do BRICS visa acelerar a pesquisa e a inovação por meio da colaboração entre os países

      Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde



O Departamento Nacional de Saúde da África do Sul sediou, na última semana, o terceiro Encontro da Rede de Pesquisas em Tuberculose do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), em Joanesburgo. A reunião reforça a integração entre os países para acelerar a pesquisa e inovação em tuberculose (TB) através dos mecanismos de cooperação do BRICS. Essa reunião também serviu de preparatória para a próxima reunião dos Ministros de Saúde do BRICS (julho de 2018 em Joanesburgo) e para a Reunião de Alto Nível das Nações Unidas (setembro de 2018 em Nova Iorque).

A Rede de Pesquisas em Tuberculose do BRICS tem como pano de fundo a relevância da doença: em 2016, foram estimados 10,4 milhões de novos casos de TB em todo o mundo, sendo o BRICS responsável por 40% do total de casos e de mortes, além de 50% dos casos globais de TB multirresistente.

Considerando o ônus da tuberculose nos países do BRICS e a capacidade de pesquisa nesses cinco países, a Rede foi criada para desenvolver pesquisas robustas sobre novas ferramentas, diagnósticos, vacinas e medicamentos e para acelerar o melhor uso de produtos novos e existentes.  

“A Rede é um esforço para integrar os Ministérios da Saúde do BRICS e cientistas para abordar os problemas da TB no BRICS e para levantar recursos para encontrar soluções locais”, diz a professora Glenda Gray, presidente e CEO do Conselho de Pesquisa Médica da África do Sul (SAMRC). Segundo Matteo Zignol, da Organização Mundial da Saúde (OMS), “precisamos garantir que todos os necessitados tenham acesso às ferramentas existentes e que novos mecanismos de financiamento sejam criados para acelerar o desenvolvimento de diagnósticos, terapias e vacinas”.

A delegação brasileira, representada por gestores e pesquisadores, apoia plenamente as atividades da Rede de Pesquisa em TB do BRICS. “Os países do BRICS têm muitas ações no combate à tuberculose e essa rede viabilizará atividades conjuntas de pesquisa e desenvolvimento em áreas que se sobrepõem”, afirmam Wanessa Tenório e Kleydson Andrade, do Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde do Brasil.

Rede de Pesquisa sobre TB no BRICS
A Rede de Pesquisa em TB do BRICS foi lançada em setembro de 2017, no Rio de Janeiro, como resultado do Plano de Cooperação de TB do BRICS aprovado na 6ª Reunião de Ministros da Saúde em Nova Delhi, 2016. A Rede é apoiada pelos Chefes de Estado do BRICS, conforme acordado na Declaração de Xiamen de 2017. Seus principais objetivos incluem a identificação de pesquisa científica, desenvolvimento e inovação, promovendo o desenvolvimento de novas ferramentas preventivas, diagnósticos e tratamento efetivos, seguros e acessíveis para todas as formas de TB, além da realização de estudos sobre TB em vários países. 

RESOLUÇÃO N° 03 CNPCP – TB EM PRESÍDIOS

A Coordenação de Saúde Prisional da Coordenação-Geral de Promoção da Cidadania da Diretoria de Políticas Penitenciárias do Departamento Penitenciário Nacional (COS/CGPC/DIRPP/DEPEN) em parceria com a Coordenação-Geral do Programa Nacional de Controle de Tuberculose  da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (CGPNCT/SVS/MS) e o Departamento de IST/AIDS e Hepatites Virais da Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (DIAHV/SVS/MS) apresentaram ao Conselho Nacional de Política Criminal e Penitenciária (CNPCP) uma proposta de alteração da Resolução Nº 2, de 29 de outubro 2015, que versa sobre orientações para a interrupção da transmissão do HIV, das hepatites virais, da tuberculose e outras enfermidades entre as pessoas privadas de liberdade, no intuito de adequá-la às recomendações nacionais vigentes do Ministério da Saúde, evitando possíveis orientações divergentes.
Considerando a relevância epidemiológica dos agravos, particularmente no sistema prisional, tratados na Resolução Nº 2, o CNPCP acatou a solicitação de revisão desta e publicou no Diário Oficial da União a Resolução Nº 3, de 7 de junho de 2018, que trata das recomendações atuais do Ministério da Saúde para a prevenção da transmissão e o controle dos agravos citados no sistema prisional, dentre eles a tuberculose.
Assim, espera-se que os responsáveis pelos assuntos penitenciários e de saúde nos Estados e no Distrito Federal promovam a adequação de suas normas penitenciárias, em conformidade com as recomendações nacionais do Ministério da Saúde tratadas na referida Resolução.


terça-feira, 3 de julho de 2018

Ministério da Saúde divulga Nota Informativa sobre tratamento da infecção latente da tuberculose em pessoas vivendo com HIV



O Departamento de Vigilância, Prevenção e Controle das IST, do HIV/Aids e das Hepatites Virais e o Departamento de Vigilância das Doenças Transmissíveis – Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, da Secretaria de Vigilância em Saúde, do Ministério da Saúde, publicam a Nota Informativa Nº 11/2018-DIAHV/SVS/MS que informa sobre as recomendações para tratamento da Infecção Latente por Tuberculose (ILTB) em pessoas vivendo com HIV (PVHIV).

A Nota traz a nova recomendação para tratamento de ILTB em PVHIV com contagem de linfócitos T-CD4+ igual ou menor que 350 células/mm3 independentemente do exame de prova tuberculínica (PT), com objetivo de diminuir a coinfecção TB-HIV e otimizar a prevenção da tuberculose ativa nas PVHIV.

Destaca, ainda, a notificação dos casos que iniciarão o tratamento para ILTB no Sistema de Informação para Notificação das Pessoas em Tratamento para ILTB (IL-TB). 


terça-feira, 26 de junho de 2018

Fiocruz Brasília - Inscrições abertas para dois processos seletivos

Fonte: Fiocruz Brasília


Estão abertas até o dia 10 de julho as inscrições para dois processos seletivos para atuação em projeto da Fiocruz Brasília em parceria com o Departamento Penitenciário Nacional, vinculado ao Ministério Extraordinário da Segurança Pública (Depen/Mesp). Ao todo, são ofertadas 121 vagas, sendo 31 para apoiadores institucionais e 90 para mobilizadores sociais. Os candidatos selecionados irão trabalhar no projeto Apoio ao desenvolvimento de ações em saúde para a comunidade carcerária com foco na Tuberculose, que tem atuação em todo o país. 

O apoiador institucional é o profissional que vai coordenar as ações locais planejadas no projeto fazer a articulação com as diversas instâncias de saúde e justiça, planejar, supervisionar e avaliar as atividades implementadas, entre outras ações. Para se candidatar, é preciso que o candidato tenha nível superior completo; experiência mínima de dois anos na área de saúde pública e disponibilidade para viagens, entre outros requisitos. 

Já o mobilizador social participará de capacitações e realizará intervenções nas filas de espera das unidades prisionais aproximando as realidades e construindo ações de educação em saúde em prevenção, sintomas, diagnóstico, tratamento e adesão, visando também minimizar o estigma e preconceito pelo adoecimento por tuberculose. Os candidatos devem ter ensino médio completo; experiência comprovada em atividades de mobilização social, metodologia de educação por pares e educação popular e em ações de saúde, além de disponibilidade para viagens entre outros requisitos. 

Clique abaixo para saber os demais  requisitos para se candidatar às vagas e as atividades a serem desenvolvidas:

O início das atividades está previsto para o segundo semestre de 2018. 

O resultado da seleção será divulgado na data provável de 07 de agosto de 2018, no site da Fiocruz Brasília. Atenção às alterações no termo de referência, especialmente em relação à modalidade de contratação, requisitos obrigatórios e desejáveis. 

sexta-feira, 15 de junho de 2018

Curso Vigilância, Prevenção e Eliminação da Tuberculose como Problema de Saúde Pública

Fonte: UNA-SUS







Descrição do Curso :
Vigilância, prevenção e eliminação da tuberculose como problema de Saúde Pública, tem carga horária de 30 h, divididas em 3 unidades de 10 h, e será oferecido na modalidade autoinstrucional. Este curso tem como objetivo compreender as ações de vigilância, prevenção, diagnóstico e manejo de casos clínicos da tuberculose, com vistas a eliminação da tuberculose como um problema de saúde pública no Brasil.


Descrição da Oferta:
PRIMEIRA OFERTA DO CURSO

Palavras-chave:
Prevenção; Tuberculose; Vigilância

Matrícula: 14/06/2018 - 15/10/2018
Realização: 14/06/2018 - 15/01/2019

Carga Horária: 30
Vagas: 10000

Público alvo:
Profissionais que atuam SUS, prioritariamente os vinculados à Vigilância em Saúde, e acadêmicos da área da Saúde.

Local da Oferta:
Polo da UNASUS-UFMA

Formato: Ensino a Distância

Nível: Educação Profissional e Tecnológica

Modalidade: Qualificação Profissional

Programas de governo:
UNA-SUS



sexta-feira, 8 de junho de 2018

Saúde e Segurança lançam ação para enfrentamento da tuberculose em presídios

Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde


Em cerimônia realizada na Fiocruz/Brasília, na quarta-feira (06/06), foi lançado o projeto “Apoio ao desenvolvimento de ações em saúde para a comunidade carcerária com foco na Tuberculose”, produto da colaboração entre Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGPNCT/DEVIT/SVS/MS), o Departamento Penitenciário Nacional do Ministério Extraordinário da Segurança Pública (DEPEN/MESP) e Fundação Oswaldo Cruz (FIiocruz/Brasília). 

As ações do projeto terão duração de dois anos com foco na educação em saúde por meio de campanha produzida para toda a comunidade carcerária do país e pessoas que se relacionam com esse grupo (familiares e profissionais de saúde e segurança) e realização de oficinas regionais e organização da atenção à tuberculose em 75 unidades prisionais consideradas porta de entrada para o sistema prisional, com representação nas 27 unidades federadas do Brasil. “Reduzir a carga da doença nesses ambientes acaba impactando na população geral, uma vez que as pessoas privadas de liberdade recebem visitas de familiares, além da convivência constante com profissionais de segurança e saúde que também retornam às suas casas ao final do dia“, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Denise Arakaki.

Durante a cerimônia de lançamento da ação, o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto, assumiu compromisso público com o Programa, que em 2017 divulgou a publicação Brasil Livre da Tuberculose: Plano nacional pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública, baseado nas recomendações da estratégia pelo fim da doença da Organização Mundial de Saúde (OMS). Também participaram do evento o presidente do CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Mauro Junqueira; o assessor técnico do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Nereu Mansano; Denise Oliveira, vice-diretora da Fiocruz/Brasília, e Carlos Felipe Carvalho, diretor geral do DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional). Todos assumiram o compromisso pela eliminação da doença, que tem como metas a redução do coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até o ano de 2035.

A tuberculose continua sendo um importante problema de saúde mundial, exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. Algumas populações, pelas condições em que se encontram, estão mais vulneráveis ao adoecimento. Em 2017, do total de casos novos de TB notificados no Brasil (69.000 casos), 10,5% ocorreram na população privada de liberdade, cujo risco de adoecimento é 28 vezes maior quando comparado com a população geral.

Veja as fotos do evento aqui.

quinta-feira, 7 de junho de 2018

SVS promove curso sobre manejo da TB resistente

Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde


O Brasil, por ser uma referência no tratamento da tuberculose (TB), especialmente para os países da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP),  realizou, entre os dias 04 e 05 de junho,  um curso sobre manejo da TB resistente voltado à profissionais saúde brasileiros e estrangeiros. Entre os países que participaram do evento estavam Moçambique, Guiné Equatorial e Angola, que têm altos índices de tuberculose e de tuberculose resistente. O evento foi realizado pela Secretaria de Vigilância em Saúde, por meio da Coordenação Geral  do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (SVS/CGPNCT).

A participação dos profissionais africanos ocorreu por meio da cooperação da Rede de Investigação e Desenvolvimento em Tuberculose (RIDES-TB) da CPLP. Durante o evento, os profissionais estrangeiros tiveram a oportunidade de trocar experiências e práticas com os participantes e palestrantes brasileiros, reciclar o conhecimento e  acumular conhecimento para por em prática o que aprenderam durante o encontro. A proposta do curso foi, também, formar multiplicadores que poderão passar os aprendizados adquiridos aqui sobre o tema, aos seus pares, quando retornarem para seus países.

Apesar do Brasil não ser prioritário para TB resistente para Organização Mundial de Saúde, ele é um dos poucos países do mundo que faz vigilância da resistência na sua rotina. Além disso, o Brasil possui um sistema eletrônico que faz a gestão dos casos e dos medicamentos, e disponibiliza de uma rede de médicos validadores que avaliam caso a caso na definição dos melhores esquemas terapêuticos. 

O tratamento da TB resistente varia de 18 a 24 meses e inclui medicamentos injetáveis, o que constitui um desafio para os pacientes e para os serviços de saúde. 

quarta-feira, 30 de maio de 2018

Campanha foca na prevenção da tuberculose no sistema prisional

Fonte: CONASS - Conselho Nacional de Secretários de Saúde


Na reunião da Comissão Intergestores Tripartite desta quinta-feira (05), a representante do Ministério da Justiça, Mara Barreto, apresentou aos gestores de saúde, as ações da Campanha de comunicação e educação em saúde com foco em tuberculose nas prisões. Capitaneada pelo Departamento Penitenciário Nacional (Depen) ligado ao Ministério Extraordinário da Segurança Pública e Fundação Oswaldo Cruz, a campanha será lançada no próximo dia 6 de junho na Fundação Oswaldo Cruz no Rio de Janeiro.

O objetivo da iniciativa segundo explicou é dar visibilidade para as questões de tuberculose no sistema prisional, sensibilizar para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno e diminuir o estigma e preconceito relacionados a doença.

Ela explicou que a tuberculose ainda é um problema de saúde mundial, tendo a Organização Mundial de Saúde (OMS), indicado uma estratégia global para enfrentamento da doença com objetivo de erradica-la. “Pelo Ministério da Saúde foi criado um plano nacional pela eliminação da tuberculose reduzindo o coeficiente da doença e da mortalidade até o ano de 2035, então nesse contexto então foi criada a campanha para o sistema prisional”, observou.

Barreto ressaltou que as unidades prisionais têm problemas de superlotação em ambientes de confinamento que não têm as adequações necessárias de ventilação cruzada, de iluminação direta, muitas vezes com dificuldade de acesso ao próprio serviço de saúde. “Temos um ambiente que acaba sendo propício para propagação da tuberculose, por isso preocupados com esse assunto, tanto por parte do Ministério da Saúde, quanto por parte do DEPEN, resolvemos fazer essa pactuação utilizando toda a expertise da Fiocruz para realizar esta campanha nacional”.

Os materiais da campanha foram construídos a partir de realização de grupos focais com a comunidade carcerária (presos e familiares, profissionais de saúde e segurança) e visitas técnicas a unidades prisionais do país. Ao todo, 75 unidades prisionais (UP) receberão intervenções de educação em saúde e apoio institucional para organização rede de atenção e as demais UP país receberão kit e instrutivo para entrega e organização serviços. Além das atividades com as pessoas privadas de liberdade também serão realizadas atividades com os familiares e com profissionais de segurança e de saúde.