quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

Nota de falecimento: Edson Lázaro

É com muito pesar que informamos o falecimento de Edson Lázaro dos Santos, importante ativista da luta contra a aids e a tuberculose.

Edson estava internado desde o início da semana e não resistiu.

Oferecemos nossos sentimentos à família e aos amigos.

Em sua militância, Edson contou um pouco de sua história no vídeo TB-HIV Essa dupla não combina!



sexta-feira, 12 de fevereiro de 2016

Pesquisadores brasileiros e chineses se encontram para debater a tuberculose


Rio de Janeiro, 11 de dezembro de 2015 – Chineses e brasileiros se encontraram no dia 9 de dezembro de 2015 para a realização do workshop “Avançando a Estratégia End TB”. O encontro foi realizado no auditório Arthur Neiva, do Instituto Oswaldo Cruz, no Rio de Janeiro. Participaram do evento profissionais de saúde, pesquisadores e gestores dos programas de tuberculose de ambos os países.

A oficina foi promovida pela Rede Brasileira de Pesquisa em Tuberculose – a Rede TB, pela vice-Presidência de Pesquisa da Fundação Oswaldo Cruz e pelo Programa Nacional de Controle de Tuberculose do Ministério da Saúde. A Rede TB é um grupo multiprofissional, com cerca de 300 pesquisadores, pertencentes a 60 instituições brasileiras, atua como um fórum permanente de interlocução para a identificação de problemas e oportunidades para o controle da tuberculose, com foco em ações e estratégias em ciência, tecnologia e inovação e mobilização social.

Durante a oficina, foram apresentados os programas nacionais de controle da tuberculose dos dois países, com destaque para as dificuldades e potencialidades de cada local. Também foram definidas as principais necessidades em termos de pesquisa e de ações para o controle mais efetivo da TB.
Ao final, os participantes se dividiram em grupos para listar as principais necessidades e possíveis soluções e processos de cooperação mútua.

Grupo 1

Um grupo ficou com o tema da ciência translacional, que é aquela que pretende agilizar a transferência de resultados da pesquisa básica/fundamental para pesquisas clínicas. O grupo discutiu sobre diagnósticos, biomarcadores, detecção da TB latente, tratamento de TB ativa e terapias de prevenção.

Os temas em destaque foram:

- Em razão da escassez global do PPD Rt23 produzido pelo Serum Institut da Dinamarca, recentemente, China e Rússia desenvolveram PPD recombinante que estão sendo validados. O Brasil também está em fase de produção e validação de PPD recombinante.  

- Novos diagnósticos para detecção rápida: a China desenvolveu um sistema de PCR (sigla em inglês para reação em cadeia de polimerase – que amplifica e detecta o DNA da bactéria, o que agiliza o diagnóstico); uma segunda geração deverá detectar TB multirresistente (MDR) e TB extensivamente resistente (XDR). Alguns protótipos para diagnóstico molecular estão sendo desenvolvidos no Brasil (Fiocruz/IBMP).

- A China tem um ensaio em desenvolvimento com o uso de gamma-interferon para a detecção de TB latente, que está sob avaliação. O Brasil tem esforços semelhantes.

- A China também prevê uma vacina contra a tuberculose, que ainda está em fase de desenvolvimento.

A China desenvolveu um novo fármaco chamado pheromonicin, com bons resultados em estudos pré-clínicos (in vivo e in vitro). No Brasil, a PUC-RS /Rede TB tem desenvolvido novos fármacos (também com bons resultados pré-clínicos) e Farmanguinhos -Fiocruz tem produzido novas formulações de medicamentos anti-TB.

Considerou-se prioritário o fortalecimento de Centros de Pesquisa Pré-clínica, Clínica entre Brasil e China para analisar os fármacos, vacinas e kits diagnósticos produzidos.

Grupo 2

O segundo grupo discutiu sobre Epidemiologia, Impacto da Incorporação de Novas Tecnologias (Implementation Science), Pesquisa Operacional e Pesquisa dos Sistemas de Saúde. As ações foram elencadas de acordo com as seguintes prioridades:

- Objetivo principal da China: reduzir a taxa de incidência de TB;

- Objetivo principal do Brasil: aumentar a taxa de cura;

- Populações prioritárias: pessoas que vivem com HIV, com diabetes e pessoas privadas de liberdade (ambos os países), idosos e migrantes internos (China); pessoas em situação de rua, indígenas e que fazem uso abusivo de drogas (Brasil).

Os temas em destaque foram:

- Manejo da TB no nível da comunidade – identificar a melhor abordagem para o diagnóstico e tratamento efetivo da TB ativa e TB latente – intercâmbio de experiências entre Brasil e China.

- Desenvolvimento de indicadores que analisem o impacto clínico e econômico da incorporação de novas tecnologias

- Estudos conjuntos de modelagem e custo efetividade de intervenções regionais ou nacionais (i.e.: Cash transfer )

- Desenvolver Sistema Nacional de Notificação de TB latente acoplado a protocolos comuns que aumentem a performance da identificação de TB latente e seu tratamento efetivo

Considerou-se prioritário o fortalecimento de Unidades de Saúde que participem na avaliação do Impacto de Novas Tecnologias bem como de Pesquisas Operacionais.

Conclusões

O encontro deixou uma impressão positiva entre os participantes, que pretendem retomar as possibilidades de cooperação ao longo de 2016.

“Esse tipo de encontro é fundamental se quisermos avançar na estratégia de eliminação da tuberculose como um problema de saúde pública. Aumentar os esforços na área de pesquisa é um componente básico para a estratégia, e a cooperação internacional pode agilizar muito esse processo”, explicam Afrânio Kritski e Wim Degrave, respectivamente, diretor da Rede TB e professor titular em tisiologia e pneumologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro, e coordenador do Planejamento Estratégico da Vice-presidência da Fiocruz .

Afrânio e Wim Degrave destacam ainda que mais encontros como esses serão realizados em breve.
Foi consenso de que Brasil e China devem reunir esforços, juntamente com Parlamentares de seus países, para desenvolver um Plano Estratégico em Ciência Tecnologia e Inovação, visando a obtenção de financiamento específicos para Tuberculose e outras Doenças Negligenciadas, promovendo atividades conjuntas dos BRICS na Estratégia END-TB (2016-2035) e no Plano Global Stop TB Partnership (20162020), transferência de tecnologias e validação mútua de novos produtos e/ou tecnologias no Sistema de Saúde.

Sobre a Estratégia End TB

A estratégia End TB foi formulada por diversos países no âmbito da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Plano Global do Stop TB Partnership (2016-2020). A estratégia é dividida em três pilares e tem metas ambiciosas para a eliminação da tuberculose no mundo até 2035: redução de mortes por tuberculose em 95% e menos de 10 casos por 100 mil habitantes.

Pilar 1 – Prevenção e cuidado integrado com o paciente – diagnóstico, busca ativa entre populações vulneráveis, tratamento de todos os casos de TB, manejo de coinfecção, etc.

Pilar 2 – Políticas incisivas e sistemas de apoio – comprometimento político, alocação adequada de recursos, envolvimento comunitário, organizações da sociedade civil, cobertura universal em saúde, proteção social, redução da pobreza, etc.

Pilar 3 – Intensificação da pesquisa e inovação – descoberta, desenvolvimento e rápida absorção de novas ferramentas, pesquisa para otimizar a implantação e impacto das ações, etc.

Clique nos links a seguir para mais informações sobre a Estratégia End TB, sobre o Plano Global do Stop TB Partnership (em inglês) e sobre a Agenda Nacionalde Pesquisa elaborada em junho de 2015 pela Rede TB, Fiocruz e PNCT-SVS-MS.



quarta-feira, 10 de fevereiro de 2016

Primeira Reunião 2016 do Fórum de Tuberculose do Rio de Janeiro

*Com informações do Observatório Tuberculose Brasil

Aconteceu na quinta-feira (04/02), na sede da Federação de Bandeirantes do Brasil, a primeira reunião ordinária de 2016 do Fórum ONGs Tuberculose RJ.

Com uma presença significativa de representantes de Instituições afiliadas, além de gestores de âmbito estadual e de diferentes municípios e da Pastoral da Aids do Rio de Janeiro, essa retomada dos trabalhos foi um momento importante para uma avaliação da conjuntura nacional, estadual e municipal da saúde, em especial no que se refere ao enfrentamento da Tuberculose. Também foi o início do planejamento estratégico das ações do fórum para esse início de ano e o começo dos preparativos para o Dia Mundial de Luta Contra a Tuberculose (24/03) de forma a manter a visibilidade e continuidade dessa luta.


Durante a reunião, preocupados com a atual conjuntura política do Brasil, em particular no que diz respeito àquilo que consideramos um sério negligenciamento do Ministério da Saúde que, desde novembro, vem se omitindo na nomeação da nova Coordenação do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, o coletivo reiterou a posição do Fórum de cobrar das autoridades responsáveis uma rápida definição desse impasse.

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2016

Para publicação, PNCT quer conhecer mais ações de adesão ao tratamento nos municípios

A equipe do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde está elaborando uma publicação que abordará estratégias de adesão ao tratamento da tuberculose, com o objetivo de apoiar trabalhadores para desenvolverem ações de adesão. A proposta é que, entre outros assuntos, haja no material o relato de experiências práticas e exitosas do cotidiano dos serviços de saúde para fortalecer o vínculo do paciente com as equipes, visando aumentar a adesão ao tratamento e prestar um serviço de qualidade.

Para isso, o PNCT está abrindo uma seleção de casos exitosos e boas experiências de adesão ao tratamento.

O material está previsto para publicação em 2016. Nem todos os relatos selecionados serão publicados na íntegra e ainda poderão ser adaptados e mesclados entre si a depender das necessidades para o conteúdo da publicação. Salienta-se também que os autores dos relatos selecionados terão seus nomes incluídos como colaboradores na publicação.

Veja mais detalhes sobre o processo:

      ·         A seleção será feita por meio de um formulário, que estará disponível até o dia 21 de março de 2016.
      ·         Cada colaborador poderá submeter até 2 trabalhos.  
      ·         Para cada novo relato é necessário entrar no link novamente.
      ·         O resultado será informado até o dia 08 de junho 2016. O PNCT entrará em contato com os colaboradores, conforme contatos indicados.
      ·         Os trabalhos deverão ter no máximo 4.000 caracteres incluindo linhas em branco e os espaços entre caracteres.
      ·         Não serão aceitos os trabalhos com gráficos, tabelas ou imagens. É importante que os relatos tenham clareza na escrita e que sejam reprodutíveis no âmbito dos serviços do SUS

       Os trabalhos deverão ser estruturados da seguinte maneira:
  1-      Qual era o desafio em adesão que encontrava em sua realidade local?
  2-      Quais foram as ações realizadas (com quais parceiros, quais estratégias, modificações na rotina de trabalho)?
  3-      Qual a situação atual, o que mudou, qual percepção dos trabalhadores e dos usuários sobre as mudanças?
  4-      Lições aprendidas

Clique aqui para acessar o formulário.

Ao responder todas as perguntas e relatar a sua experiência, clique em GRAVAR para finalizar o procedimento.

Em caso de dúvidas, mande um e-mail para danielle.dellorti@saude.gov.br

Clique nos vídeos abaixo para ver exemplos de casos de adesão bem sucedidos: