quarta-feira, 22 de junho de 2016

UNA-SUS abre nova oferta do curso Manejo da Coinfecção TB-HIV

Fonte: SE/UNS-SUS
Estão abertas as inscrições para nova oferta do curso Manejo da Coinfecção Tuberculose-HIV (TB-HIV). Fruto da parceria entre a Secretaria Executiva da Universidade Aberta do SUS (SE/UNA-SUS) e a Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde (SVS/MS), o curso tem como objetivo qualificar ainda mais os profissionais de saúde para o atendimento integral, e qualificado, das pessoas coinfectadas por tuberculose e HIV/aids. 
As inscrições podem ser realizadas até 20 de novembro, pelo site.
Lançada em novembro do ano passado, durante o 10º Congresso de HIV/Aids, em João Pessoa, a primeira oferta do curso de Manejo da coinfecção contou com a inscrição de 8.250 profissionais de diferentes áreas. A maioria, composta por enfermeiros (36,7%) seguido por técnicos e auxiliares de enfermagem (26,2%) e médicos (9,5%). Cerca de 3 mil profissionais concluíram o curso. 
São mais 1200 municípios, em 380 regiões de saúde, cobertas com profissionais qualificados. O estado com maior número de matrículas foi São Paulo, com 456 beneficiados; seguido por Ceará, com 355; e Minas Gerais, com 332.
O curso tem carga horária de 45h, é dinâmico e utiliza muitos recursos visuais multimídia, como animações, vídeos e infográficos. Além disso, permite que o aluno faça o download dos conteúdos quando estiver utilizando a internet e estudar, mesmo quando estiver offline. As transcrições das aulas também são disponibilizadas para a acessibilidade de pessoas com deficiência auditiva.
Composto por três unidades, que tratam de aspectos de apoio psicossocial e manejo clínico de coinfecção, o curso tem foco especial no diagnóstico de tuberculose nas pessoas que tem HIV. A última unidade traz casos clínicos interativos que simulam situações reais.
De acordo com a enfermeira e roteirista do curso, Olga Rodrigues, o curso é voltado especialmente para profissionais que manejam casos de infecção pelo HIV e é rico em informações a respeito do acolhimento, diagnóstico e tratamento de tuberculose, entre PVHA.
Ainda assim, as três unidades iniciais são abertas a todos. Ao final dessa primeira etapa, serão aplicados questionários para selecionar profissionais que trabalham em serviços que já manejam antirretrovirais, ou que atuam em serviços especializados de atendimento de pessoas que tem HIV/AIDS. Essas pessoas terão a oferta de uma quarta unidade, que é específica para a organização do Serviços de Atenção Especializada a pessoas vivendo com HIV/Aids (SAE).
Para saber mais sobre o curso e assistir ao vídeo tutorial, acesse: http://unasus.gov.br/coinfeccao_tb-hiv.

A relação entre o TB e HIV
De acordo com relatório publicado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) em outubro do ano passado, a tuberculose é a doença infecciosa mais letal do mundo e a que mais mata pessoas com aids, segundo o Ministério da Saúde.
A OMS estima que um terço da população mundial está infectada pelo bacilo. Estima-se que, na população em geral, 10% irão adoecer: 5% nos primeiros dois anos de infecção e 5% ao longo da vida. Quem tem HIV tem risco de 10% de adoecimento por tuberculose ao ano. Ou seja, a cada ano, 10% das pessoas infectadas pelo bacilo irão desenvolver a doença ativa.
O risco de quem tem HIV desenvolver tuberculose é 3 a 21 vezes maior que a população em geral. A infecção por HIV possibilita uma série de outras coinfecções, mas a tuberculose é bastante frequente porque atua no organismo de forma sinérgica, ou seja: a infecção por HIV facilita o desenvolvimento de tuberculose e, quando a pessoa tem tuberculose, automaticamente ela tem uma progressão da aids. “Não necessariamente quem tem tuberculose vai ser considerado um caso de aids, estando infectado pelo HIV, mas o risco de ambas doenças progredirem muito rapidamente é grande, fragiliza o organismo”, explica a enfermeira e roteirista do curso.