sexta-feira, 8 de junho de 2018

Saúde e Segurança lançam ação para enfrentamento da tuberculose em presídios

Fonte: Secretaria de Vigilância em Saúde


Em cerimônia realizada na Fiocruz/Brasília, na quarta-feira (06/06), foi lançado o projeto “Apoio ao desenvolvimento de ações em saúde para a comunidade carcerária com foco na Tuberculose”, produto da colaboração entre Coordenação Geral do Programa Nacional de Controle da Tuberculose da Secretaria de Vigilância em Saúde (CGPNCT/DEVIT/SVS/MS), o Departamento Penitenciário Nacional do Ministério Extraordinário da Segurança Pública (DEPEN/MESP) e Fundação Oswaldo Cruz (FIiocruz/Brasília). 

As ações do projeto terão duração de dois anos com foco na educação em saúde por meio de campanha produzida para toda a comunidade carcerária do país e pessoas que se relacionam com esse grupo (familiares e profissionais de saúde e segurança) e realização de oficinas regionais e organização da atenção à tuberculose em 75 unidades prisionais consideradas porta de entrada para o sistema prisional, com representação nas 27 unidades federadas do Brasil. “Reduzir a carga da doença nesses ambientes acaba impactando na população geral, uma vez que as pessoas privadas de liberdade recebem visitas de familiares, além da convivência constante com profissionais de segurança e saúde que também retornam às suas casas ao final do dia“, explicou a coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose, Denise Arakaki.

Durante a cerimônia de lançamento da ação, o secretário de Vigilância em Saúde, Osnei Okumoto, assumiu compromisso público com o Programa, que em 2017 divulgou a publicação Brasil Livre da Tuberculose: Plano nacional pelo fim da tuberculose como problema de saúde pública, baseado nas recomendações da estratégia pelo fim da doença da Organização Mundial de Saúde (OMS). Também participaram do evento o presidente do CONASEMS (Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde), Mauro Junqueira; o assessor técnico do CONASS (Conselho Nacional de Secretários de Saúde), Nereu Mansano; Denise Oliveira, vice-diretora da Fiocruz/Brasília, e Carlos Felipe Carvalho, diretor geral do DEPEN (Departamento Penitenciário Nacional). Todos assumiram o compromisso pela eliminação da doença, que tem como metas a redução do coeficiente de incidência para menos de 10 casos por 100 mil habitantes e de mortalidade para menos de 1 óbito por 100 mil habitantes até o ano de 2035.

A tuberculose continua sendo um importante problema de saúde mundial, exigindo o desenvolvimento de estratégias para o seu controle, considerando aspectos humanitários, econômicos e de saúde pública. Algumas populações, pelas condições em que se encontram, estão mais vulneráveis ao adoecimento. Em 2017, do total de casos novos de TB notificados no Brasil (69.000 casos), 10,5% ocorreram na população privada de liberdade, cujo risco de adoecimento é 28 vezes maior quando comparado com a população geral.

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