sexta-feira, 30 de agosto de 2013

Seminário Nacional de Boas Práticas entre os Povos Indígenas marca construção de diálogo para favorecer o controle da tuberculose nessa população

Nos dias 28 e 29 de agosto, foi realizado em Brasília o Seminário Nacional de Boas Práticas entre os Povos Indígenas. Além de promover a troca de experiências, o seminário reúne representantes e líderes indígenas, gestores, sociedade civil e governo para juntos construir um diálogo visando o fortalecimento da saúde nesta população. O evento reuniu cerca de 200 participantes.

Josué Lima, representante do Programa Nacional de Controle da Tuberculose afirmou a importância de se incluir medidas e ações específicas que contemplem a realidade dos povos indígenas e favoreçam o controle da tuberculose entre estes povos.

A coordenadora de Promoção dos Direitos Sociais da FUNAI, Patrícia Neves, destacou aspectos das políticas de proteção e promoção dos direitos dos povos indígenas, além dos desafios e avanços dos últimos anos.

Mariana Amorim, coordenadora da Atenção Primária à Saúde Indígena da SESAI, explicou o funcionamento da SESAI “Partimos do princípio de que a SESAI está sempre articulado com o SUS e o sistema de atenção é descentralizados entre os DSEI (Distrito de Saúde Especial Indígena), os polos base de saúde, os postos de saúde para comunidades indígenas e as casas de saúde do índio (CASAI)”.

Ela enfatizou ainda a necessidade de se criar esforços para trabalhar a intersetorialidade das ações de saúde, envolvendo os programas, sistemas e políticas públicas de saúde.

O representante indígena Fernando Terena salientou que é através de oportunidades como esta que esta população se motiva para discutir os problemas enfrentados e se sentem contemplados no diálogo de políticas de saúde, apesar dos constantes conflitos vividos por eles.

Durante os dois dias de evento foram expostas experiências exitosas, desafios enfrentados, cenário epidemiológico de regiões, bem como estudos que contribuem para o fortalecimento das ações de controle da tuberculose nas populações indígenas. O evento foi um marco na história nacional ao conseguir unir gestores das três esferas de governo, sociedade civil, representantes indígenas e técnicos especialistas no diálogo das políticas em saúde para o favorecimento dos povos indígenas.