No período de 28 à 30 de junho acorreu em Brasília a 15ª Mostra Nacional de Experiências Bem–Sucedidas em Epidemiologia, Prevenção e Controle de Doenças (Expoepi).
A mostra contou com a participação de cerca de três mil pessoas de todas as unidades federativas do Brasil. Foram apresentados 17 painéis temáticos, 15 mostras competitivas, duas mesas redondas e 12 sessões de pôsteres. Nessa vasta programação a tuberculose foi tema central no painel Enfrentamento da Tuberculose: o que esperar para os próximos anos” no qual foi lançado o Plano Nacional Pelo Fim da Tuberculose pelo Dr. João Toledo, Diretor do Departamento de Doenças Transmissíveis (DEVIT), onde está inserido o PNCT.
O documento traça as estratégias para acabar com a doença como problema de saúde pública no país até 2035 e define os indicadores prioritários que devem ser utilizados para o monitoramento das ações empregadas por estados e municípios. Entre eles, a redução do coeficiente de abandono de tratamento e aumento no percentual de cura da doença. Os indicadores operacionais, para o monitoramento do controle da tuberculose, refletem o desempenho dos serviços de saúde na qualidade do cuidado à pessoa com a doença.
Acesse aqui o Link para o Plano Nacional pelo Fim da Tuberculose |
Dra. Denise Arakaki, Coordenadora do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) destaca que o plano foi elaborado com o objetivo de subsidiar os coordenadores dos programas locais no cumprimento das metas que estão em consonância com o plano da Organização Mundial de Saúde (OMS) e ressalta que o documento está alinhado com as políticas do SUS e é um grande avanço para mudar os paradigmas do controle da tuberculose no Brasil.
Também foram destaques no painel a fala do gerente técnico de Tuberculose da UNITAID – organização internacional que investe em novas tecnologias para diagnóstico e tratamento do tuberculose, HIV/Aids e malária, Dr. Draurio Barreira que alertou para o fato que o Brasil é o pais das Américas com a maior incidência e mortalidade por tuberculose.
O resultado e reconhecimento mostram os esforços do país para combater a doença que, segundo a OMS, é a 1ª doença infecciosa no mundo que mais mata.
Além disso, Carlos Basilia, secretário executivo da Parceria Brasileira Contra a Tuberculose, representante da sociedade civil alertou para os desafios que o Brasil precisa enfrentar para combater a doença considerando que o pais ainda possui grandes desigualdades sociais.
A tuberculose também foi pauta no painel “Desafios atuais em vigilância de doenças transmissíveis” que entre os temas, abordou a coinfecção TB-HIV como problema de saúde pública. Durante essa painel, Dr. João Toledo lançou a campanha para mídias sociais sobre coinfecção TB-HIV, produzida pelo Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais em parceria com o PNCT. A campanha “Contra a coinfecção TB e HIV não tem reza, não tem figa e nem mandinga: tem tratamento e prevenção” tem como objetivo chamar a atenção para a importância do diagnóstico e tratamento da tuberculose pelas pessoas que vivem com HIV.
O apelo dos ícones de proteção e sorte, reforçam a mensagem de que não se deve relegar à sorte os cuidados com a saúde, a proposta é provocar as pessoas a terem a atitude de buscar o diagnóstico e o tratamento da TB e/ou do HIV.
Campanha Contra a coinfecção TB e HIV não tem reza, não tem figa e nem mandinga: tem tratamento e prevenção
A tuberculose também foi destaque no painel de lançamentos das publicações da Secretaria de Vigilância em Saúde, entre elas estavam o Protocolo para vigilância do óbito com menção de tuberculose nas causas de morte e a Cartilha do Agente Comunitário de Saúde (ACS).
O Protocolo foi desenvolvido pelo PNCT em parceria com outras representações do Ministério da Saúde, além de diversos colaboradores, os quais foram consultados e tiveram a oportunidade de construir coletivamente o matéria que tem como objetivo oferecer às equipes dos Programas de Controle da Tuberculose subsídios para implantação da vigilância do óbito relacionado à doença.
Já a Cartilha do ACS foi produzida em parceria com o Departamento de Atenção Básica e apresenta as recomendações nacionais de controle da tuberculose, Tem como objetivo contribuir para a qualificação das atividades diárias do ACS relacionadas ao controle da doença.
Em parceria com PNCT, o Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais lançou o primeiro boletim primeiro Boletim Epidemiológico sobre a “Coinfecção TB-HIV no Brasil: panorama epidemiológico e atividades colaborativas” que tem por objetivo descrever o panorama da coinfecção e discutir os seus desafios à luz das atividades colaborativas realizadas pelo PNCT, juntamente com o Departamento de IST, Aids e Hepatites Virais.
Acesse Aqui o Link para o Boletim Epidemiológico sobre a "Coinfecção TB-HIV no Brasil: panorama epidemiológico e atividades colaborativas.
Por fim, a tuberculose foi destaque na mostra competitiva. Dois trabalhos foram premiados. Na mostra Vigilância, prevenção e controle das doenças transmissíveis relacionadas à pobreza, Argina Gondim da Secretaria Municipal de Fortaleza foi premiada em primeiro lugar com o trabalho “Vencendo os desafios de diagnosticar e curar pessoas com tuberculose em situação de rua.
Na mostra, Produção técnico-científica por parte de profissional do SUS que contribuiu para o aprimoramento das ações de vigilância em saúde – Mestrado, Eliane Ferreira Mendonça da Secretaria Estadual de Saúde de Pernambuco, apresentou o trabalho sobre a Avaliação do Programa de Controle da Tuberculose: uma análise de implantação municipal que também foi selecionado em primeiro lugar.
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