terça-feira, 30 de outubro de 2012

Hospital Regional da Lapa São Sebastião completa 85 anos


Por SESA PR

Nesta terça-feira (30) foi comemorado o aniversário de 85 anos do Hospital Regional da Lapa São Sebastião, primeira unidade especializada no tratamento de pacientes com tuberculose (tisiologia) no Estado. O evento também marcou o início das atividades do novo centro cirúrgico do hospital.

Nos últimos dois anos, o hospital passou por uma grande transformação. Além do centro cirúrgico, a unidade ganhou uma ala com enfermaria e central de esterilização de materiais. “São 85 anos de história, que também refletem na estrutura do hospital. Com essas reformas e ampliações queremos ampliar a capacidade de atendimento e qualificar ainda mais o serviço prestado aos pacientes”, explicou o diretor de Unidades Próprias da Secretaria da Saúde, Charles London.

O hospital foi fundado em 1927, quando houve um aumento nos casos de tuberculose no Estado. O perfil epidemiológico da doença, com alto risco de contágio, também contribuiu para a fundação do HRLSS. De lá para cá, o hospital se tornou referência no tratamento da doença e atende pacientes encaminhados de todo o Paraná. 

Esses pacientes são aqueles que não conseguem realizar o tratamento em casa ou em uma unidade básica de saúde. “São moradores de rua, pessoas interditadas judicialmente, ou em outras situações que inviabilizariam o tratamento diretamente observado (TDO)”, explicou o diretor do HRLSS, José Gaspar Bornancin. 

O tratamento no HRLSS também é indicado para pacientes que apresentam algum tipo de reação adversa aos medicamentos. “Desta forma podemos acompanhar os efeitos do tratamento no organismo da pessoa, proporcionando um atendimento integral as necessidades do paciente”, completou Gaspar.

Hoje, o HRLSS conta com 111 leitos em funcionamento. A expectativa é que com a finalização das reformas a unidade amplie sua oferta para 137 leitos, entre tisiologia e clínica médica.

No próximo ano o hospital espera entrar com o processo de acreditação, uma espécie de documento que certifica a qualidade das instituições de saúde. “Com a estrutura que temos e a equipe que dispomos, temos certeza que nosso trabalho será reconhecido”, afirmou o diretor do hospital.

Aniversário – As comemorações do aniversário de 85 anos do HRLSS foram iniciadas no domingo (28) com um passeio ciclístico pelas ruas da Lapa. O hospital também lançou sua nova página na internet e realizou uma gincana com seus funcionários. A programação também contou com uma palestra sobre acreditação e será encerrada na quarta-feira (31) com um encontro religioso.

Participaram do evento desta terça-feira, o deputado estadual, Elio Rusch, o vice-prefeito eleito do município da Lapa, Ruy da Farmácia, o diretor da 2ª Regional de Saúde (Metropolitana), José Carlos de Abreu, e o tenente coronel da 15ª GAC AP, Marcelo Chiesa.

Para maiores informações: hrlss.administracao@sesa.pr.gov.br


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Frente Parlamentar mobiliza o Congresso Nacional para combate à tuberculose

Nesta terça e quarta-feira (30 e 31), a Frente Parlamentar de luta contra a Tuberculose realizará atividades de mobilização pelo fim da tuberculose no Brasil. O evento tem apoio do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT/SVS/MS) e da Parceria Brasileira de luta contra a tuberculose.

Para o evento será montado o estande "Pelo Fim da Tuberculose" no Espaço Mário Covas (anexo II da Câmara dos Deputados), no qual serão distribuídos materiais educativos e exibidos videos de campanha. Além disso, ativistas, estudantes e profissionais de saúde estarão nos corredores da Câmara e do Senado levando informações sobre a doença para reforçar que a tuberculose ainda existe e deve ser combatida. 

Na programação, abertura oficial do estande às 15h30 e apresentação do vídeo da campanha “TB + HIV – Essa dupla não combina”, às 10h do segundo dia.

De acordo com o presidente da Frente Parlamentar de luta contra a Tuberculose, deputado Antônio Brito (PTB/BA) além de chamar atenção para um grave problema de saúde pública, o evento tem como objetivo  sensibilizar os parlamentares para possíveis formas de atuação do Legislativo na luta contra a tuberculose, seja por meio de projetos de lei que favoreçam o paciente ou pela proposição de emendas para pesquisa e tratamento da tuberculose. 

O coordenador do PNCT, Draurio Barreira, ressalta que além do trabalho junto ao legislativo, ativistas e movimentos sociais, é importante ampliar as articulações intersetoriais para garantir os direitos das pessoas com tuberculose e contribuir com a adesão ao tratamento a partir do recebimento de benefícios sociais e acesso a programas já existentes, diminuindo a taxa de abandono e a incidência das manifestações multirresistentes.

Apesar de ter cura há mais de 50 anos, a tuberculose ainda afeta muitos brasileiros. A cada ano são registrados mais de 71 mil novos casos e aproximadamente 4.500 óbitos. É a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte entre as pessoas com HIV/aids.

Frente Parlamentar de luta contra a tuberculose

Instalada em maio deste ano, a Frente Parlamentar de luta contra a tuberculose contou com a adesão de 220 parlamentares. Reivindicação antiga de ativistas e gestores da saúde pública, se materializou a partir da iniciativa do deputado Antônio Brito (PTB/BA) com o objetivo de acompanhar a política nacional de controle da tuberculose e contribuir para o enfrentamento desta doença por meio do aperfeiçoamento da legislação relacionada à saúde, assistência social e outras políticas vinculadas, a partir das comissões temáticas nas duas Casas do Congresso Nacional.

Dois meses após a instalação, a Frente consolidou sua primeira ação por meio da aprovação da emenda ao artigo 51 da Lei de Diretrizes Orçamentarias 2013, que dispensa a detenção do Certificado de Entidades Beneficente de Assistência Social (CEBAS) para o repasse de recursos às entidades privadas sem fins lucrativos que atuam na área de prevenção, promoção e atenção às pessoas vivendo com HIV/aids, hepatites virais, tuberculose, hanseniase, malária e dengue. Uma conquista advinda da articulação entre governo e sociedade civil e da participação efetiva de parlamentares que tem contribuído politicamente no enfrentamento da doença.






sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Mostra competitiva destaca experiências relacionadas à vigilância, ao controle e à prevenção da TB

Do Ministério da Saúde

A vigilância, o controle e a prevenção da tuberculose foram temas discutidos em mostra competitiva realizada nesta terça-feira (16/10), durante a 12ª Expoepi. Três experiências foram apresentadas no encontro: o controle da tuberculose na população prisional do Estado de São Paulo; a detecção e identificação de micobactérias pelo Laboratório Municipal do Rio Grande (RS); e a avaliação dos dados nos prontuários de pacientes em tratamento no município de Santa Cruz do Sul (RS). Esta área temática da mostra competitiva foi coordenada pelo subsecretário de Vigilância e Proteção à Saúde da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais,Carlos Alberto Pereira Gomes.

A mostra competitiva da 12ª Expoepi premiará os profissionais e os serviços de saúde do país que se destacaram no desenvolvimento de ações de vigilância em saúde relevantes para a saúde pública. Cada uma das experiências vencedoras receberá o valor de R$ 50 mil, mediante repasse de recurso financeiro do Fundo Nacional de Saúde ao Fundo Municipal ou Estadual de Saúde ou do Distrito Federal. O resultado será divulgado no dia 19 de outubro, durante a cerimônia de encerramento do evento.

Controle da tuberculose na população prisional

Laedi Alves Rodrigues dos Santos, da Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, enfatizou que a aglomeração de pessoas e a falta de ventilação das celas favorece a transmissão da tuberculose em presídios. Ela apresentou iniciativa que promoveu capacitações de profissionais de saúde, a pesquisa de sintomas respiratórios no momento de ingresso do indivíduo privado de liberdade, o acompanhamento das transferências para outros locais de reclusão e o estabelecimento de um sistema integrado de dados.

A ação também incluiu a busca de casos nos presídios, com a realização de testes para diagnósticos e o tratamento supervisionado dos pacientes. Todas essas atividades produziram um aumento da taxa de cura relacionada aos casos novos na população prisional do Estado: de 58%, em 1998, para 86%, em 2011. Além disso, houve redução do número de óbitos e do abandono ao tratamento.

Detecção e identificação de micobactérias

Günther Honscha, da Secretaria Municipal de Saúde do Rio Grande (RS), destacou que a melhoria do diagnóstico e o acompanhamento laboratorial de portadores de micobactérias não tuberculosas (MNT), ou tuberculose resistente, podem contribuir com as ações de controle da doença. Ele apresentou trabalho que promoveu 1.876 análises de culturas no município entre fevereiro de 2010 e novembro de 2011: 83,22% tiveram resultado negativo, 8,78% foram encaminhadas ao Laboratório Central de Saúde Pública do Rio Grande do Sul, 5,61% foram perdidas e 2,39% estavam contaminadas.

Os resultados permitiram a identificação de cinco pacientes portadores de MNT, um paciente com M. gordonae, cinco pacientes com tuberculose resistente à isoniazida, três pacientes com tuberculose multidrogarresistente e três crescimentos com resistência à isoniazida e rifampicina.

Avaliação dos prontuários de pacientes em tratamento

A experiência apresentada por Lia Gonçalves Possuelo, da Secretaria Municipal de Saúde de Santa Cruz do Sul (RS), teve o objetivo de avaliar os dados nos prontuários de pacientes em tratamento após a inserção das ações do Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde (PET-Saúde), em agosto de 2010. Também foi analisado o incremento da realização de baciloscopias de diagnóstico e de testes tuberculínicos no município.

A iniciativa promoveu capacitação de profissionais de saúde, a organização de todos os prontuários na unidade ambulatorial, a notificação de casos discrepantes e a formulação de uma nova ficha. Identificou, ainda, a ausência de livros de registro de casos de tuberculose e de sintomáticos respiratórios. Todas essas atividades possibilitaram uma melhoria no fluxo de encaminhamento dos pacientes para realização dos exames e tratamento.