segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Representante dos usuários é a nova presidenta do CNS


Mulher e representante dos trabalhadores rurais, Maria do Socorro de Souza será a primeira representante do segmento dos usuários a assumir a presidência do Conselho Nacional de Saúde, pelos próximos 3 anos

Do Conselho Nacional de Saúde

Com 31 votos, a conselheira Maria do Socorro de Souza foi eleita presidente do Conselho Nacional de Saúde, na tarde desta quinta-feira, 13, durante a realização da 50ª reunião extraordinária do CNS.

O resultado representa dois fatos históricos: pela primeira vez uma representante dos usuários e mulher estará à frente da maior instância do controle social na área da Saúde. “Sou mulher, negra, mãe, avó trabalhadora rural e usuária do Sistema Único de Saúde. Estamos vivendo um intenso e histórico momento no CNS de possibilidade realizar outra democracia dentro do espaço formal que é o Conselho. Sinto-me autorizada para fazer dessa esfera um espaço autônomo e participativo e criar outros pontos de diálogo para enfrentar os desafios do SUS. São 25 anos trabalhando e militando em defesa dos excluídos de causa”, afirmou.

Ao transferir a presidência para Maria do Socorro, o ex-presidente do CNS, ministro Alexandre Padilha destacou que a eleição da representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag) marca a trajetória vivenciada pelo País de mudanças sociais e de inserção das minorias em espaços historicamente fechados. “É com muita alegria que passo a presidência do Conselho para uma mulher e trabalhadora rural”, salientou.

O conselheiro Clóvis Boufleur, representante da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) concorreu também à presidência. Após o término da eleição o conselheiro parabenizou a candidata eleita e afirmou que dará seguimento ao trabalho já desempenhado nos últimos anos como conselheiro baseado em três pilares: justiça, defesa dos mais vulneráveis e luta pela efetividade da saúde pública. “Minha representação dentro do CNS será sempre no sentido desses princípios”, ressaltou.

Mesa diretora

Sete conselheiros de saúde foram eleitos para compor a Mesa Diretora do CNS conjuntamente com a presidenta. Entre as atribuições da Mesa, prevista no regimento do colegiado, está promover articulações políticas com órgãos e instituições, internos e externos, com vistas a garantir a intersetorialidade do controle social e a articulação com outros conselhos de políticas públicas com o propósito de cooperação mútua e de estabelecimento de estratégias comuns para o fortalecimento da participação da sociedade na formulação, implementação e no controle das políticas públicas, entre outros aspectos.

Confira a composição da mesa diretora para o período 2012-2015

Usuários:
Maria do Socorro de Souza (Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura) 
Carlos Alberto Ebeling Duarte (Movimento Nacional de luta contra a AIDS) 
Edmundo Dzuaiwi Omore (Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira) 
Geordeci Menezes de Souza (Central Única dos Trabalhadores) 
Trabalhadores da Saúde:
Ronald Ferreira dos Santos (Federação Nacional dos Farmacêuticos); 
Nelcy Ferreira da Silva (Conselho Federal de Nutricionistas) 
Gestores/Prestadores de Serviço de Saúde:
Luiz Odorico Monteiro de Andrade (Secretário de Gestão Estratégica e Participativa do Ministério da Saúde) 
representante do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde. 

CLIQUE AQUI e acesse a lista das entidades eleitas para compor o Conselho Nacional de Saúde no período de 2012-2015.

sexta-feira, 14 de dezembro de 2012

RJ avança no controle da tuberculose por meio da articulação com a Atenção Básica

Descentralização das ações de tuberculose para a Estratégia Saúde da Família tem contribuído para o controle da doença 


Durante esta semana, técnicos do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT), dos programas estadual e municipais e colaboradores de outros estados realizaram visitas de Monitoramento e Avaliação (M&A) a diversos serviços de saúde nos municípios do Rio de Janeiro e Duque de Caxias. O objetivo é contribuir para a melhoria contínua da capacidade de resposta ao controle da tuberculose.

A equipe visitou cinco Centros Municipais de Saúde, quatro unidades de Estratégia Saúde da Família (ESF), uma policlínica, dois ambulatórios de referência terciária para tuberculose resistente, um LACEN e um laboratório municipal, abrangendo cinco Coordenações de Áreas Programáticas em Saúde (CAPS). 

De acordo com a coordenadora do Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT), Ana Alice Bevilaqua, com o término dos projetos financiados por organismos internacionais, o estado está se reorganizando, afinal muitas ações eram fomentadas pela USAID. “E preciso descentralizar, reorganizar e construir estratégias que potencializem os serviços”, explicou.

A coordenadora do PECT do Ceará e colaboradora das visitas de M&A do PNCT, Sheila Santiago, relatou o quão gratificante foi retornar ao Rio de Janeiro após dois anos e observar uma melhoria significativa no elenco de serviços ofertados nas ações de tuberculose. “Uma boa gestão faz toda a diferença. Isso ficou claro nesta visita”, destacou.

Segundo ela, foram visitadas algumas unidades de saúde onde foi possível observar, por exemplo, reformas e ampliações, envolvimento dos profissionais, preocupação em buscar o sintomático respiratório e o cuidado humanizado com o paciente em tratamento. “A descentralização das ações por meio da ESF promove uma maior aproximação entre a população e os profissionais de saúde”.

O foco do governo municipal do Rio de Janeiro tem sido a descentralização das ações de tuberculose para a Estratégia Saúde da Família (ESF) e Unidades Básicas de Saúde (UBS) em parceria com a Atenção Básica, ampliando o acesso da população a saúde.

Segundo a coordenadora do Programa Municipal de Controle da Tuberculose (PMCT), Raquel Piller, ainda há muito atendimento de tuberculose fora da atenção primária. “Com a ESF em expansão, essa situação pode ser revertida. A atenção básica tem que ser a porta de entrada do paciente com tuberculose”, afirmou.

“O mesmo médico que atende ao idoso, a criança e a grávida tem que atender ao paciente com tuberculose. Tinha que ser um procedimento de rotina. A tendência é sempre empurrar para as unidades secundárias”, complementou a técnica do PECT, Marneili Martins.

A descentralização começou como um projeto piloto na Rocinha para depois ser implantado nas outras áreas programáticas. Em 2009, o estado tinha 7% de cobertura da ESF, chegou a 40% neste ano e a previsão é de que chegue a 70% de cobertura até 2016.

Segundo Paula Brandão, gerente municipal de Atenção Básica do Rio de Janeiro, a cobertura da Estratégia Saúde da Família é heterogênea por que prioriza áreas de vulnerabilidade. E como a tuberculose é uma doença social, atingindo principalmente as populações vulneráveis, ao impactar nas áreas de alta carga têm-se resultados mais rápidos.

A gerente estadual de Atenção Básica do estado, Sarah Gonçalves, relatou que há quinze áreas técnicas dentro da Atenção Básica, e destacou que quem promoveu a aproximação com a área de vigilância em saúde foi o Programa Estadual de Controle da Tuberculose.

Além da articulação com a Atenção Básica, o PECT e o PMCT têm articulado com o outros programas, como o de DST/aids e outros setores, como a Secretaria de Transporte, e com os movimentos sociais. O objetivo é ampliar o numero de consultórios de rua e garantir a oferta de incentivos sociais, como transporte e alimentação, para adesão ao tratamento.

Apesar dos avanços, também há muitos desafios. “Para aumentar a cura e reduzir o abandono é preciso estimular a implantação do Tratamento Diretamente Observado (TDO) com qualidade junto à descentralização das ações de tuberculose para a estratégia saúde da família”, destacou  Ana Alice.

Segundo ela, é preciso ampliar a busca e o monitoramento dos contatos; estimular as ações relativas à coinfecção TB/HIV; descentralizar e ampliar a oferta da cultura; ampliar a rede para atendimento de tuberculose resistente; implantar medidas de biossegurança e retomar as visitas de monitoramento e avaliação, que foram interrompidas por falta de recursos humanos, incluindo a participação da atenção básica no processo.

Para Raquel, além da descentralização, os avanços no Rio de Janeiro aconteceram em razão da implantação do teste rápido para diagnóstico da tuberculose (Gene Xpert) e a consolidação do Gerenciador de Ambiente Laboratorial (GAL), contribuindo para o diagnostico precoce e tratamento oportuno.  Uma opinião comum entre os profissionais dos serviços visitados.

Quanto à capacitação e rotatividade de recursos humanos, problemática apontada pela coordenadora do PECT, Raquel afirmou que isso também foi uma realidade no âmbito municipal. “As pessoas eram capacitadas e iam embora. Não dava para ficar fazendo capacitação atrás de capacitação. A saída encontrada foi incentivar os profissionais a fazer o curso sobre tuberculose ofertado pela UNASUS. Um curso à distancia, dividido em módulos, que pode ser realizado no ritmo do profissional”, contou.

Segundo Luciene Medeiros, médica do Programa de DST e aids de Campinas (SP) e colaboradora do PNCT nas visitas de M&A, durante a apresentação do programa estadual já foi possível observar uma maior organização das ações de controle da tuberculose. ”Durante as visitas a equipe se mostrou muito próxima das unidades locais, o que revela uma maior integração do programa estadual com a rede de serviços”, relatou.

Quanto ao município do Rio de Janeiro, para ela ficou evidente o grande movimento de reestruturação dos serviços de saúde com ampliação da cobertura da atenção básica. O PMCT também apresenta maior organização das ações com melhoria dos processos de trabalho nos diferentes níveis do sistema.

“Percebe-se que as equipes do PECT e do PMCT do Rio de Janeiro estão motivadas, cientes do desafio a ser enfrentado e da importância do seu papel no controle da tuberculose no estado. Espera-se que essa mobilização promova de fato um impacto positivo nos indicadores epidemiológicos da tuberculose”, finalizou.

Duque de Caxias

No município de Duque de Caxias, foram notificados 967 casos em 2011. E o segundo município de maior incidência no estado do Rio de Janeiro. A partir de 2009 houve melhorias nos serviços após capacitações e treinamentos. A detecção do município foi de aproximadamente 60% e a cura de 85% em 2011. No entanto, a taxa de abandono continua alta, 16,45%, quando a OMS recomenda que seja de no máximo 5%.

De acordo com a coordenadora do PMCT de Duque de Caxias, Maria Cristina Lima, neste ano os pacientes não tiveram nenhum tipo de incentivo para adesão ao tratamento. “No ano anterior, quando suspenderam os incentivos sociais, alguns pacientes abandonaram o tratamento. Sabemos que o incentivo é importante para a adesão, mas quando este falta, o que fica é a conscientização dos pacientes sobre a importância da adesão ao tratamento para a saúde da comunidade. Por isso, o acolhimento e tão importante”.

Apenas 31% do município tem cobertura de ESF, algumas unidades não possuem estrutura adequada, faltam recursos humanos e meios para comunicação e transporte para a execução de ações. “Ainda assim o fluxo tem funcionado com o empenho e o comprometimento das equipes. Melhorias aconteceram em meio às adversidades”, destacou.

Dentre as estratégias adotadas pelo município, cabe destacar cronograma de busca de sintomático respiratório, no qual, toda sexta-feira, o município escolhe uma das 74 ESF da região e realiza esta ação que contribui para o diagnóstico precoce e tratamento oportuno.

Também foram criados instrumentos que fortaleceram o controle da doença, ao facilitarem a rotina dos profissionais de saúde e contribuírem para o fluxo e o controle das ações.

“O Rio de Janeiro é muito massacrado pela mídia. E a gente conseguiu ver que não é bem assim. Há reformas sendo realizadas e novas unidades instaladas, profissionais criativos e comprometidos com a construção de ferramentas e fluxos para o controle da tuberculose”, destacou a curitibana Elisabeth Wistuba, enfermeira e colaboradora do PNCT nas visitas de M&A.

Movimentos Sociais

A equipe da visita de M&A, junto ao Programa Estadual de Tuberculose PCT/SES/RJ, reuniu-se também com o representante do Fórum ONGs TB RJ, Carlos Basilia. 

Na pauta, ações de CAMS (comunicação, advocacy e mobilização social), o fortalecimento do Controle Social (conselhos, fóruns, redes, comitês etc.), sustentabilidade política, técnica e financeira das ações desenvolvidas pelas organizações da sociedade civil, benefícios sociais para pacientes, a atuação de Frentes Parlamentares instituídas, o Plano Estratégico para Enfrentamento das DST/AIDS e Tuberculose no Estado do Rio de Janeiro e a construção de agenda conjunta para a mobilização do Dia Mundial de Luta contra a Tuberculose.

Ao final da reunião, o grupo fez um balanço positivo, reconhecendo o esforço coletivo para o controle da tuberculose no estado do Rio de Janeiro, destacando a articulação existente entre gestores, parlamento e sociedade civil.

Nesta sexta-feira (14) houve devolutiva das visitas e pactuação de recomendações e metas para 2013. A reunião aconteceu no LACEN do Rio de Janeiro com participação de representantes dos programas, do movimento social e de todos os serviços visitados.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

PNCT realiza primeira visita de Monitoramento e Avaliação ao Rio de Janeiro após Projeto Fundo Global


Durante toda esta semana, técnicos visitarão unidades de saúde da família, hospitais de referência, laboratórios e outros serviços para verificar os avanços e definir as novas recomendações


O Brasil tem elevado número de casos e óbitos por tuberculose. Por esta razão figura entre os 22 países que respondem por 80% dos casos novos que ocorrem no mundo. Com uma população de 16.112.678 habitantes (População IBGE-2011), a taxa de incidência do Estado do Rio de Janeiro em 2010 foi de 70,7 casos novos por 100.000 habitantes e a taxa de mortalidade foi de 5,7 óbitos por 100.000 habitantes. Estas taxas representam aproximadamente o dobro da média nacional.

Segundo dados do Ministério da Saúde, em 2011, foram registrados 11.654 casos no estado do Rio de Janeiro. Em 2010, a taxa de cura em bacilíferos foi de 66,4%, sendo que o preconizado pela Organização Mundial da Saúde é de 85%. O abandono do tratamento no mesmo período foi de 12,3%, quando o recomendado é que seja inferior a 5%.

O Rio de Janeiro é a 6ª capital em incidência de casos e 1ª em taxa de mortalidade do Brasil. Os números apontam que a capital contribui com cerca de 51% dos casos novos registrados no Estado e que a taxa de mortalidade por tuberculose em 2010 foi de 6,8 por 100.000 habitantes.

De 10 a 14 de dezembro, técnicos do Ministério da Saúde, com apoio da secretaria estadual e secretarias municipais de saúde do Rio de Janeiro e Duque de Caxias, realizam visitas de monitoramento e avaliação (M&A) com o objetivo de contribuir política e tecnicamente para a melhoria contínua da capacidade de resposta dos estados e municípios ao controle da tuberculose.

A visita teve inicio nesta segunda-feira com apresentação da situação da tuberculose no estado e municípios a partir de diferentes perspectivas: do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT/SVS/MS), Programa estadual e Programas municipais. À tarde, a subsecretária de Vigilância em Saúde, Hellen Myiamoto, recebeu o coordenador geral do PNCT, Draurio Barreira, para analisar a situação da tuberculose e discutir estratégias de controle da doença no estado. 

Entre os assuntos discutidos, a situação epidemiológica do Rio de Janeiro, a implantação do teste rápido para tuberculose (Gene Xpert) e o mapeamento de parceiros e formas de cooperação para o fortalecimento e ampliação das ações para o controle da doença.

"Temos observado uma melhora geral nas ações devido à expansão da cobertura da atenção básica. No entanto, nos questionamos como é possível a cidade do Rio de Janeiro cair de 1º para 6º lugar no ranking de incidência e ainda assim ser o 1º quando se fala em taxa de mortalidade. Precisamos identificar qual é o problema", pontuou Draurio. 

De acordo com a coordenadora do PCT estadual, Ana Alice Bevilaqua, a maior preocupação deles tem sido justamente a perda de qualidade durante o processo de expansão e descentralização das ações de tuberculose. Além disso, destacou que o programa tem enfrentado problemas relacionados à falta de recursos humanos em serviços estratégicos.

O coordenador do PNCT ressaltou a importância de se ampliar a articulação intersetorial, estreitando, por exemplo, os laços com a Assistência Social. Lembrou também que o Rio de Janeiro é um dos poucos estados que já possui uma Frente Parlamentar de luta contra a Aids e a Tuberculose instalada e que esta pode contribuir para a sustentabilidade política e financeira das organizações da sociedade civil organizada, entre outras ações  "Precisamos nos aproximar pois eles carecem de assistência técnica para a construção de propostas para o controle da tuberculose", recomendou.

Até sexta-feira, técnicos do Ministério da Saúde e das secretarias estadual e municipais de saúde passarão por unidades hospitalares, coordenação estadual e municipais dos Programas de Controle da Tuberculose, do Rio de Janeiro e Duque de Caxias, sistema de informação estadual, unidades de saúde básica e Estratégias de Saúde da Família, LACEN, laboratório municipal e hospitais de referência. Também está prevista reunião com representantes da sociedade civil organizada.

A visita conta com o apoio de técnicos das coordenações estaduais e municipais do Paraná, de São Paulo, Santa Catarina e do Ceará, integrantes da Rede de Brasileira de Comitês para o Controle da Tuberculose.

Além da avaliação, o encontro também possibilita integração e troca de experiências entre os profissionais envolvidos. A partir destas visitas são identificados obstáculos nos aspectos técnicos e de gestão relacionais à estratégias e atividades de controle da tuberculose.

Na sexta-feira haverá reunião devolutiva da visita, com as recomendações para estado e municípios.


quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

SGTES lança edital do PET Saúde Vigilância para 2013/2014



No dia 23 de novembro, a Secretaria de Gestão do Trabalho de da Educação na Saúde (SGTES) lançou edital para Seleção no Programa de Educação pelo Trabalho para a Saúde/Vigilância em Saúde (PET/VS) para o período de 2013 a 2014 (acesse aqui o edital).

O PET Saúde tem o objetivo de promover a integração ensino-serviço-comunidade e a educação pelo trabalho por meio da reorientação da formação profissional. A ideia é que haja transformações nos processos de geração de conhecimento, de ensino-aprendizagem e de prestação de serviços de saúde e do fomento de grupos de aprendizagem tutorial no âmbito dos programas e ações de Vigilância em Saúde. 

Assim, o edital é voltado para projetos apresentados por Instituições de Ensino Superior (IES) públicas ou privadas sem fins lucrativos, em conjunto com Secretarias Municipais e/ou Estaduais de Saúde. 

Para participar, as IES deverão apresentar projeto com duração de dois anos, alinhado às prioridades da Agenda Estratégica da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS), que contenha o diagnóstico da situação atual dos cursos envolvidos e do serviço de saúde, prevendo a participação integrada destes.

Cada projeto deverá conter proposta(s) de intervenção e poderá conter plano(s) de pesquisa(s), especificando seu(s) objetivo(s) e sua relação com os programas e ações da vigilância em saúde, em
seus diferentes cenários de práticas. 

Além disso, deve descrever as ações a serem trabalhadas em uma ou mais das seguintes prioridades da Agenda Estratégica da Secretaria de Vigilância em Saúde - 2011-2015:

  • Vigilância, prevenção e controle da dengue;
  • Redução da morbimortalidade por tuberculose;
  • Análise e avaliação do Sistema de Vigilância das Doenças Transmissíveis ;
  • Fortalecimento, ampliação e integração das ações de Vigilância em Saúde com as Redes de Atenção à Saúde;
  • Vigilância, prevenção e controle da hanseníase e de outras doenças relacionadas à pobreza;
  • Redução da morbimortalidade por malária;
  • Ações de vigilância, prevenção, controle e/ou erradicação
  • da morbimortalidade das zoonoses: leishmanioses, raiva humana e febre amarela;
  • Vigilância, prevenção e controle de doenças de maior carga;
  • Ampliação da capacidade de vigilância e respostas rápidas às emergências de Saúde Pública e desastres;
  • Vigilância, controle e redução da transmissão do HIV/aids;
  • Melhoria da qualidade de vida de pessoas com HIV/aids;
  • Vigilância e eliminação da sífilis congênita;
  • Vigilância, prevenção e controle das hepatites virais;
  • Redução da incidência das doenças de transmissão respiratória;
  • Redução da morbimortalidade por doenças imunopreveníveis;
  • Redução da morbimortalidade das doenças não transmissíveis e vigilância de seus fatores de risco;
  • Vigilância das violências e das lesões e mortes causadas pelo trânsito;
  • Fortalecimento das ações de promoção da saúde;
  • Melhoria da qualidade da informação sobre mortalidade;
  • Análises da situação de saúde;
  • Fortalecimento das ações de vigilância hospitalar;
  • Vigilância do óbito fetal, infantil, materno e por causas mal definidas;
  • Vigilância da qualidade da água e de populações exposta a agrotóxicos;
  • Fortalecimento das ações de vigilância na área de saúde do trabalhador;
  • Fortalecimento/desenvolvimento de capacidades em Vigilância em Saúde;


As inscrições vão até 19 de dezembro, com publicação de resultados a partir do dia 20 de janeiro no Diário Oficial da União (DOU).

Para inscrições, acesse: http://formsus.datasus.gov.br/site/formulario.php?id_aplicacao=8916.


segunda-feira, 3 de dezembro de 2012

Secretário atribui alta da tuberculose no Rio à maior capacidade de diagnóstico


Padilha e Dohmann reconhecem que é necessária uma mudança de cultura na Rocinha

Por Íris Marini, Jornal do Brasil

Conforme o Jornal do Brasil divulgou em 16 de novembro,  há um aumento da ordem de 30% no número dos casos de tuberculose na cidade  do Rio de Janeiro, como admitiu o próprio secretário municipal de Saúde e Defesa Civil, Hans Dohmann, em audiência pública realizada no dia 22 de outubro, na Câmara dos Vereadores. Este aumento tem sido maior no bairro da Rocinha, na Zona Sul do Rio.

O JB informou que uma considerável parcela de moradores da comunidade da Rocinha que ainda contrai a tuberculose não segue recomendação de médicos para que seja feito o exame de escarro. Muitos sequer sabem da incidência antiga ou atual da tuberculose no bairro. 

Para o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, a questão chave é aumentar o número de pessoas testadas pela doença. “Historicamente, antes de começar o programa de prevenção e tratamento da tuberculose nessa parceira entre o Ministério e a Prefeitura, a Rocinha já apresentava esse grave problema. O Ministério da Saúde está trabalhando para estender a adesão dos pacientes ao tratamento. Hoje, 50% dos testes são realizados. Isso corresponde a 75% acima da média mundial. O Rio tem se esforçado para a expansão do diagnóstico e da adesão”, disse o ministro, em visita, no dia 30, à Clínica da Família da Rocinha, na Mobilização Nacional de Prevenção e Testagem para Sífilis, HIV e Hepatites B e C.

Padilha vê melhora no tratamento da tuberculose e diz que há investimentos para o diagnóstico. “O Brasil atingiu metas da OMS para a tuberculose que deveriam ser cumpridas até 2015”, disse o ministro. “Realizamos uma pesquisa com profissionais da saúde no País, que reconheceram que não sabiam como realizar todas as etapas do tratamento da tuberculose em um paciente. O problema não é só do paciente, nem da Saúde. É muito importante que mudemos essa cultura”, alertou o ministro.

“O governo está investindo em novos testes de biologia molecular para diagnosticar a tuberculose, onde a sensibilidade é maior do que a Baciloscopia, exame feito no mundo todo. O exame chama-se Gino Express e vai gerar aumento no número de diagnósticos. Imagina como era há dez anos, quando não havia o diagnóstico?”, questiona o ministro.

O secretário Hans Dohmann atribui o aumento percentual ao aumento da capacidade de diagnosticar a doença. "É absolutamente esperado que haja um aumento do número de casos no Rio, já que cresceu o número de diagnósticos pela eficiência do trabalho que vem sendo desenvolvido. Isso não é um problema”, afirmou o secretário, durante a cerimônia de oficialização da transferência de tecnologia para a produção do medicamento antirretroviral Sulfato de Atazanavir, ocorrida no último dia 30.

“Estamos a 0,1% da taxa recomendada pela Organização Mundial da Saúde e, na Rocinha, o cenário é diferente do restante do município. Estamos em torno de 75% de taxa de cura da tuberculose”, alega o secretário, quando questionado sobre um possível surto da doença na comunidade. 

No entanto, quando se fala em tuberculose na Rocinha, a questão é mais complexa. Para a vereadora Andrea Gouvêa, “gastou-se um dinheirão para propagandear as clínicas da família e não se gastou um tostão para mostrar à população a gravidade da tuberculose. O perigo da tuberculose e o fato de todos ali estarem em risco é muito pouco percebido na comunidade. Há falta de ventilação, muita umidade, péssimas condições sanitárias, enfim, características propícias à disseminação da tuberculose”, explica Andrea.

Para Hans Dohmann, a mudança cultural da comunidade quanto à maior atenção com a saúde é uma questão que demanda tempo. “Infelizmente, isso é uma constante do sistema de saúde, da adesão dos pacientes, em relação à sua condição de saúde. A solução mais eficaz tem sido a presença de agentes de saúde indo, de casa a casa, cadastrar todos os moradores da Rocinha. A atenção básica é muito recente na Rocinha. Não há como mudar uma cultura de anos com rapidez”, justifica o secretário.



ONG pede criação de frente parlamentar para o enfrentamento da Aids, tuberculose e hepatites


Do Diário de Pernambuco

A Câmara Municipal do Recife recebe na manhã de hoje uma audiência pública sobre a situação da AIDS/HIV no Recife. Durante o evento, que faz partes das atividades para lembrar o Dia Mundial de Luta contra AIDS, a Articulação AIDS Pernambuco vai entregar um documento solicitando criação da Frente Parlamentar para o Enfrentamento à Epidemia da AIDS, Tuberculose e Hepatites do Recife.
  
Na ocasião, serão discutidos o crescimento da epidemia e o fenômeno conhecido como “feminização da AIDS”, além, da necessidade do diálogo e pressão para garantir a criação de projetos de lei que enfrentem os desafios da vulnerabilidade ao HIV e que promovam mais cidadania para vivência da soropositividade para o HIV/AIDS.

Participam da audiência organizações feministas, pessoas vivendo com AIDS, entidades de direitos humanos e militantes não institucionalizados que compõe a Articulação AIDS em Pernambuco.

De acordo com a Secretaria Estadual de Saúde/Coordenação estadual DST/AIDS, em Pernambuco, o total é de 17.459 casos de AIDS, sendo 5.736 mulheres e 11.219 homens. No Recife, são cerca de 7.244 pessoas vivendo com AIDS.

Sesa e Sejus realizam inquérito de tuberculose em presídios


Da Secretaria de Saúde do Estado do Ceará

Por concentrar as condições favoráveis para a disseminação da tuberculose, como aglomeração e confinamento duradouro, os presídios colocam a população carcerária  entre os grupos com maior risco de adoecer. No Ceará, enquanto a incidência de tuberculose por 100 mil habitantes foi de 43,8 na população total em 2011, nas 12 unidades penitenciárias distribuídas em sete municípios e população de 15.201 detentos, a taxa chegou 999,9 em 2010. Ciente desse quadro, a Secretaria da Saúde do Estado, em parceria com a Secretaria da Justiça e Cidadania do Estado (Sejus), está realizando o Inquérito de Tuberculose em Unidades Penais do Ceará para estimar a prevalência da doença nos presídios cearenses. O inquérito objetiva descrever o perfil socioeconômico dos detentos, implementar os fluxos de referência para a doença, identificar resistência bacteriana e verificar os fatores de risco para o adoecimento.

O inquérito é um projeto de pesquisa do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do Sistema Único de Saúde (EPISUS), do Ministério da Saúde, e do Programa Nacional de Controle da Tuberculose. Em fase de coleta de dados, as atividades de campo envolvem 287 presos do Instituto Presídio Professor Olavo Oliveira II (IPPOO II), que tem 1.117 presidiários, e 238 dos 623 detentos da Casa de Privação Provisória de Liberdade Professor Clodoaldo Pinto (CPPL II). A pesquisa, que inclui questionário e coleta de escarro de sintomáticos respiratórios para a realização de baciloscopia e cultura, será concluída em 30 de novembro. De acordo com o cronograma do inquérito, os resultados conclusivos serão apresentados em abril de 2013.

Parte dos  detentos no país ingressa nas prisões já infectados. Pelas condições que favorecem a disseminação da tuberculose, o sistema prisional expõe a população em geral à transmissão da doença através dos profissionais que trabalham nos presídios, dos visitantes (familiares e visitas íntimas) e do livramento dos presos. Como os detentos não estão completamente isolados do mundo  exterior, uma contaminação não controlada entre eles representa um grave risco à saúde pública. Segundo dados do Sistema de Informações Penitenciárias (INFOPEN), em 2010 a capacidade nominal das instituições carcerárias no país era de 164.624 presos, porém o número de detentos registrados era de 496.251, sendo 404.761 (82%) do sexo masculino. Naquele ano, foram notificados 4.643 casos novos da doença nos presídios. A taxa de incidência nacional na população em geral era de 37,7 por 100 mil habitantes e, na população privada de liberdade (PPL), de 1.041,7 por 100 mil.

De acordo com o Boletim Epidemiológico da Tuberculose divulgado em outubro pela Secretaria da Saúde do Estado, a série histórica de 2001 a 2011 no Ceará mostra tendência de declínio nas taxas de incidência. Em 2001 foram 46,8 casos para cada grupo de 100 mil habitantes e, em no ano passado, 43,8, redução de 6,4 pontos percentuais na última década. Em 2011 foram notificados no Ceará 3.703 casos novos de tuberculose, dos quais 2.125 eram pulmonares bacilíferos, alcançando esta forma um percentual de 57,3%. Isso significa que a transmissão está ativa e os pacientes estão sendo diagnosticados e tratados tardiamente. A taxa de mortalidade no Ceará em 2001, de 3,4 óbitos para cada grupo de 100 mil habitantes, foi reduzida para 2,8 em 2011, queda de 17,7% nos últimos 10 anos. Oito municípios foram definidos como prioritários para o controle da tuberculose, segundo parâmetros epidemiológicos definidos pelo Ministério da Saúde: Caucaia, Crato, Fortaleza, Maranguape, Itapipoca, Sobral, Maracanaú e Juazeiro do Norte. Em 2011, esses municípios responderam por 67% dos casos da doença no Estado.


Assessoria de Comunicação da Sesa
Selma Oliveira / Marcus Sá (selma.oliveira@saude.ce.gov.br / 85 3101.5220 / 3101.5221 / 8733.8213)






sábado, 1 de dezembro de 2012

Rio de Janeiro terá plano de enfrentamento à aids e tuberculose


Por ALERJ

A Secretaria de Estado de Saúde vai lançar, em março de 2013, um plano de enfrentamento à Aids, tuberculose e outras doenças em conjunto com os municípios. Segundo a subsecretária de Estado de Vigilância e Saúde, Hellen Miyamoto, o plano terá seis diretrizes, como assistência à saúde, regulação médica, comunicação, controle social, estrutura e prevenção. O assunto foi debatido nesta sexta (30/11),em audiência pública realizada pela Frente Parlamentar contra Tuberculose e Aids da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), presidida pelo deputado Gilberto Palmares (PT).

Cada município irá receber um plano, desenhado especificamente de acordo com a realidade de cada um. Em março, as prefeituras poderão assinar junto ao Governo do estado o compromisso de implementar esse plano, para que os resultados sejam plausíveis”, explicou Hellen, que pediu a ajuda da Alerj para que fossem criadas leis específicas sobre a questão das ONGs que trabalham na área da saúde. “O mecanismo de repasse de recurso é muito burocratizado. A gente pede a flexibilização da forma de contratação dessas organizações, pois, dessa forma, elas poderão desenvolver o trabalho junto com a comunidade em prol de ações de prevenção e detecção precoce”, finalizou. 

Representante da organização Pessoas Vivendo com HIV/Aids, José Mitidieri disse que falta assistência médica para os portadores do HIV no estado, com problemas desde a identificação do vírus e da doença até o tratamento. “Ainda há muito preconceito. A rede médica acha que porque uma pessoas tem Aids ela só pode ser tratada por um infectologista, quando qualquer clínico médico pode atendê-la em casos de emergência”, desabafou José.

Foi pedido à Alerj auxílio na criação de propostas que visem a conscientização da população quanto à prevenção e tratamento das doenças. De acordo com o coordenador da Coordenadoria Especial da Diversidade Sexual do município do Rio, Carlos Tufvesson, esta ajuda é fundamental para que mais cidades possam se organizar. Segundo ele, amanhã termina a “Campanha Carioca da Prevenção”, organizada pela Secretaria Municipal de Saúde do Rio, que estimula a população a fazer a testagem de HIV e outras DSTs. “Essa campanha será feita a cada quatro meses, a partir de 2013”, acrescentou. 

Além disso, a Frente Parlamentar defendeu a aprovação de um projeto de lei, em tramitação na Casa e assinado por Palmares, além dos petistas André Ceciliano, Inês Pandeló, Nilton Salomão e Zaqueu Teixeira e do ex-deputado Robson Leite, que propõe a inclusão da tuberculose entre as doenças que garantem direito ao vale social. “Muitas pessoas deixam de fazer o tratamento simplesmente porque não têm dinheiro de passagem para ir buscá-lo”, explicou o presidente da Frente.

Para ouvir a gravação da Rádio ALERJ
http://radioalerj.posterous.com/estado-tera-plano-de-enfrentamento-a-aids-e-t

quarta-feira, 28 de novembro de 2012

DOTS Comunitário - Agentes de prevenção à tuberculose


Por Carlos Basília (Via Facebook)

A convite do Instituto Vila Rosário, os ativistas de luta contra a tuberculose realizaram uma visita à sede do Instituto para conhecer o trabalho das agentes de prevenção à tuberculose.

Vila Rosário é o nome de uma pequena localidade no município de Duque de Caxias (talvez um bairro) situada à esquerda e à frente da confluência do Rio Sarapuí com a Avenida Presidente Kennedy (antiga estrada Rio-Petrópolis), considerado o sentido Rio-Petrópolis. A atuação do Instituto Vila Rosário, no entanto se faz sentir em uma área maior do que essa localidade, a ‘grande’ Vila Rosário, que engloba cerca de 30 localidades.

As localidade englobadas na Grande Vila Rosário são as seguintes (em ordem alfabética): Boa Esperança, das Graças, do Divino, Garibaldi, Jardim Glória, Nossa Senhora das Graças, Palácio Alvorada, Panorama, Pantanal, Pantanal/Vila ABC, Pantanal/Vila São José, Parque Alvorada, Parque do Carmo, Parque Comercial, Parque da Conquista, Parque Esperança, Parque Fluminense, Parque Fluminense/Glória, Parque Fluminense/Morro da Glória, Parque Fluminense/Muísa, Parque Fluminense/Panorama, Parque Fluminense/Paraíso, Parque Muísa, Parque Boa Esperança, Parque Suécia, Parque Vitória, São Bento, Vila Alzira, Vila Esperança, Vila Nova, Vila Rosário e Wona.

A ‘grande’ Vila Rosário está limitada pelos rios Iguaçu e Sarapui, Avenida Presidente Keneddy e o limite com o município de Belford Roxo. A região de atuação do Instituto compreende 339 ruas, com 42 mil habitantes. 

O trabalho do Instituto na área é coberta por 7 agentes comunitárias que, de casa em casa, fazem a busca ativa de casos de tuberculose. ‘Sintomáticos Respiratórios’ são encaminhado aos Posto de Saúde do Parque Fluminense para exame e os doentes de tuberculose são acompanhados pelas agentes até a alta, com cura.


Na foto: Dr.Claudio Costa Neto; Carlos Basilia; Dr.Germano Gerhardt Filho; Roberto Pereira e Dr.Alexandre Milagres junto com a coordenação e as agentes de saúde.

Para saber mais, veja o vídeo:



terça-feira, 27 de novembro de 2012

UNAIDS e Parceria Stop TB assinam acordo para reduzir mortes de pessoas com HIV e Tuberculose


Da ONU BR

O Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (UNAIDS) e a Parceria Stop TB  firmaram hoje (27) o acordo Para Atingir Zero Mortes de Tuberculose (TB) entre as Pessoas que Vivem com o HIV, que visa acelerar ações de resposta à TB e à AIDS. A iniciativa quer atingir em 2015 a meta de reduzir em 50% as mortes por TB em pessoas com o HIV.

As duas organizações estão desenvolvendo um plano de trabalho detalhado e assumiram o compromisso de colaborar para alcançar três objetivos dentro dos próximos três anos: aumentar o compromisso político e a mobilização de recursos para a TB/HIV, reforçar a capacidade de conhecimento e envolvimento de organizações da sociedade civil, das comunidades afetadas e o setor privado e ajudar mais países afetados a integrar os serviços de TB/HIV.

Em 2011, na Reunião de Alto Nível da ONU sobre a Aids, os Estados-Membros das Nações Unidas estabeleceram a meta de reduzir pela metade as mortes de TB / HIV em 2015, o que levaria a prevenção de 600 mil vidas. Três quartos dos óbitos por TB / HIV ocorrem  em apenas 10 países, Etiópia, Índia, Quênia, Moçambique, Nigéria, África do Sul, Tanzânia, Uganda, Zâmbia e Zimbabué. Intensificar os esforços nestes 10 países aceleraria significativamente o alcance da meta de 2015.

Pessoas que vivem com o HIV têm 20 a 30 vezes mais chances de desenvolver tuberculose ativa do que as pessoas sem a infecção. Estima-se que 8,7 milhões de pessoas ficaram doentes com tuberculose em todo o mundo em 2011, entre os quais mais de 1 milhão estavam vivendo com a AIDS. O alerta é grande para as mulheres grávidas, pois se a mãe é portadora do HIV e da tuberculose, o risco de morte é alto para a mãe e o filho e as possibilidades de transmissão do vírus para a criança superam o dobro. Em 2011, 430 mil das 1,7 milhão de mortes relacionadas à AIDS, 25% do total, foram causadas pelo HIV associado à TB.

“A TB com o HIV é uma combinação mortal. Nós podemos impedir que as pessoas morram dessa coinfecção, por meio da integração e simplificação dos serviços de HIV e tuberculose”, disse o Diretor Executivo do UNAIDS, Michel Sidibé. “Os objetivos para 2015 são claros, reduzir as mortes de tuberculose em pessoas vivendo com AIDS em 50%”. Podemos fazer isso acontecer, mas só se os serviços forem fortalecidos nos países através de esforços combinados e conjuntos”, completou Sidibé.

Na semana passada, o UNAIDS ressaltou os avanços no combate, ao constatar uma redução de 13% dos óbitos associados à TB/HIV nos últimos dois anos. A diminuição deve-se ao maior número de pessoas com acesso à terapia antirretroviral, um aumento de 45% entre 2009 e 2011.


Seguridade Social como parte integrante do cuidar do paciente com tuberculose

O curso de aperfeiçoamento das ações de controle da tuberculose está sendo realizado em São Paulo com a parceria da Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP) e do Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado de São Paulo (CVE) no período de agosto a dezembro de 2012, no prédio da Secretaria Estadual de Saúde.

Na semana de 19 a 23 de novembro foram abordadas várias questões relacionadas à assistência do paciente com tuberculose, com ênfase nas questões sociais, visando como instrumento vital nesse processo.

A capacitação foi ministrada por profissionais de diferentes esferas do governo e áreas de atuação como Saúde Mental, Assistência Social, Defensoria Publica e profissionais de Comunicação Social que abordaram as questões legais e o uso das políticas da Assistência Social no contexto da tuberculose.

Por Andréia Zamignani, Elaine Ferreira, Elaine Oliveira, Kelli Candido, Paulo Carvalho, Sandra Bonfim e Simone Maciel. (participantes do curso de Aperfeiçoamento em Gestão das Ações de Controle da Tuberculose)
 

Curso de Aperfeiçoamento em Tuberculose discute exigência dos direitos dos cidadãos

Em 23 de novembro, o grupo do Curso de Aperfeiçoamento em Gestão das Ações de Controle da Tuberculose recebeu a visita da Dra. Tatiana Belons, defensora pública do Estado de São Paulo, que relatou suas experiências na área de beneficios e concessões para as necessidades especiais da população.

O tema provocou debates em relação à deficiência destas informações aos profissionais de saúde que atuam como intermediários junto aos pacientes que comumente desconhecem as vias de acesso aos seus direitos. O grupo interagiu expondo suas dúvidas e experiências, explorando o amplo conhecimento da convidada, à qual respondeu com clareza a todas as questões formuladas.

De modo geral, o grupo concluiu que o tema abordado foi de essencial importância para o aperfeiçoamento das ações desenvolvidas nos ambientes de trabalho, e a palestrante abrilhantou pelo seu vasto conhecimento sobre o assunto e sua simplicidade.

Por: Claudia Prado, Silvana Bleinat, Paula Mendes, Joanna Ribas, Sandra Ervolino e Renan Ramos, participantes do curso de Aperfeiçoamento em Gestão das Ações de Controle da Tuberculose

Reta final do curso aborda temas sociais de luta contra a tuberculose

De 19 a 30 de novembro, acontece em São Paulo, o penúltimo módulo do Curso de Aperfeiçoamento em Gestão das Ações de Controle da Tuberculose, com o objetivo de ampliar os conhecimentos e empoderamento das informações para a aplicação em atividades de controle e vigilância da tuberculose. O curso é uma parceria entre o Centro de Vigilância Epidemiológica do Estado com a Faculdade de Saúde Pública da USP.
 
Este módulo aborda questões referentes aos direitos humanos, advocacy, saúde mental, determinantes sociais da saúde, comunicãção em saúde e mobilização social. No total, serão capacitados 44 profissionais de saúde de áreas técnicas e administrativas de diversos municipios do estado. 
 
Segundo os participantes os assuntos abordados neste módulo são temas que geralmente são pouco trabalhados e que com essa visão será possível implementar ações inovadoras. Os técnicos acreditam que a partir do ano que vem haverá impacto nas ações de controle pois terão uma visão diferenciada e maior propriedade para tal.

Por: Rosângela Silva, Cirene Silva, Eunice Silva, Ricardo Barbosa, Heriston Garcia, Rita Carvalho, Silvana Figueiredo, Cláudia Preto e Neusa Sakiyama (para o Curso de Aperfeiçoamento em Gestão das Ações de Controle da Tuberculose)

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Ativistas protestam na Conferência da União Internacional Contra a Tuberculose e a Doença Pulmonar em Kuala Lumpur



Nesta quarta-feira, 14, cerca de 100 ativistas protestaram em Kuala Lumpur, durante o segundo dia da 43º Conferencia Mundial da União Internacional Contra a Tuberculose e a Doença Pulmonar. Eles exigiam metas mais ambiciosas para o controle da tuberculose, financiamento para cumprir estes objetivos e pediam a abolição de termos padrão como "faltoso" e "suspeito" pois acreditam que estes termos podem influenciar negativamente as atitudes e comportamentos dos profissionais de saúde e da comunidade afetada pela doença.

Segundo Blessina Kumar, vice-presidente da coordenação da Parceria Stop TB, esta conferência é o único lugar onde é possível reunir representantes de todo o mundo que atuam no âmbito da tuberculose. "Se fosse para passar sem qualquer visibilidade ativista significativa, nosso apelo por ações permaneceria apenas em palavras. Este ano, nós queríamos que a nossa presença causasse um maior impacto", destacou.

Para ela, a urgência desta luta está de algum modo ausente. "Como ativistas, estamos dispostos a fazer qualquer coisa para garantir que a luta contra a tuberculose esteja na linha de frente dos governos, financiadores e responsáveis pela definição das metas globais para a doença".

Alguns manifestantes carregavam cartazes pedindo "ZERO mortes por tuberculose", "Mais verbas para a TB", ou "Nada para nós sem nós". Outros cartazes carregavam as mensagens "50% não vai cortá-la" e "Sem sangue em nossas mãos" (uma referencia à meta de reduzir as mortes de tuberculose em 50% na era pós-2015 que ainda deixaria 600 mil pessoas morrendo por ano).

William Mbewe, um músico e ativista da Zâmbia, explicou que sua participação na marcha se deve ao fato de ter tido tuberculose. "Eu sofria de tuberculose. Ao longo dos anos muitos amigos meus faleceram por causa do estigma. Então eu decidi seguir em frente e, como uma figura pública, falar sobre esse sofrimento, na esperança de que muitas outras pessoas saiam da escuridão. "

Para ver as fotos da manifestação acesse: http://www.flickr.com/photos/stoptb/sets/72157632006782744/show/ 



segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Comite Metropolitano do Ceará realiza exposição itinerante na Escola dos Bombeiros em Fortaleza

Entre os dias sete e oito de novembro foi realizada Exposição Itinerante, na Escola dos Bombeiros em Fortaleza.

O Comitê de Tuberculose do Estado do Ceará busca novos aliados, desta vez, soldados, para o combate desta doença, que continua vitimando muitas pessoas na cidade.

A ação foi coordenada pela presidente da Associação de Amparo aos Pacientes com Tuberculose- APTU Argina Gondim, os Enfermeiros, Fagner Lopes e Elaine Barbosa, a Assistente Social Ana Sueld, a Terapeuta Ocupacional Edilúcia Santiago e Mesquita.




Durante o evento os profissionais informaram sobre a Tuberculose de  forma lúdica através de vários jogos e solicitaram dos  quinhentos alunos que visitaram a exposição a parceria na busca de sintomáticos respiratórios.






Os novos "Xerifes" das salas de aula, agora estão atentos: "Tosse por mais de três semanas pode ser Tuberculose e deve-se procurar a Unidade de Saúde mais próxima para investigar."



quarta-feira, 7 de novembro de 2012

Comitê Metropolitano de Manaus apresentará experiência em Seminário que reúne inovações em participação e controle social

Nos dias 8 e 9 de novembro, o Conselho Nacional de Saúde (CNS) e a OPAS/OMS Brasil realizam, em Brasilia, o II Seminário Internacional de Inovação sobre Participação e Controle Social na Elaboração e Monitoramento das Políticas, Ações e Serviços de Saúde.

Entre os trabalhos selecionados está o relato do Comitê Metropolitano de Manaus sobre as experiências exitosas e inovadoras desenvolvidas desde a criação do Comitê por meio do Projeto Fundo Global Tuberculose Brasil.

Além das atividades de Comunicação, Advocacy e Mobilização Social (CAMS), cabe destacar a Oficina em Monitoramento & Avaliação, realizada em julho deste ano, que capacitou 33 membros da sociedade civil e 5 representantes de organismos governamentais com o objetivo de realizar visitas mensais às unidades inseridas no Programa de Controle da Tuberculose. Conforme programação, o trabalho será apresentado na sexta-feira (09) às 14h, por Joyce Matsuda e Euclides Souza Neto.

A abertura do evento está prevista para 19h na sede da Opas e contará com a participação do ministro da Saúde, Alexandre Padilha, do secretário de Gestão Estratégica e Participativa, Luiz Odorico Andrade, do representante da Opas, Joaquín Molina, e dos representantes do Conselho Nacional de Saúde, José Eri de Medeiros e Márcio Pereira.

O seminário é fruto do trabalho do Laboratório de Inovação desenvolvido desde 2011, em parceria com o CNS, cujo objetivo é identificar e valorizar práticas participativas e deliberativas inovadoras, produzindo subsídios para os conselheiros de Saúde e para os gestores no que se refere à participação social no Sistema Único de Saúde.

Na edição de 2012, o Laboratório de Inovação selecionou 10 experiências de entidades governamentais, conselhos de saúde, ONG e sociedade civil, que demonstraram caráter inovador e com resultados já finalizados ou em curso. Ao todo foram inscritas mais de 60 experiências, das quais cerca de 50 se mostraram adequadas aos termos do edital de convocação.

As experiências deveriam contemplar conteúdos dos seguintes eixos:

A. Implementação das deliberações das Conferências de Saúde: processos e/ou ferramentas para a inclusão das decisões das conferências nos planos de saúde e o progressivo monitoramento de sua implementação ao longo do tempo. 

B. Controle Social: acesso, qualidade, intersetorialidade, financiamento, tecnologia de informação e comunicação na elaboração e monitoramento das políticas, ações e serviços de saúde: melhoria e ampliação do acesso e da qualidade da atenção; intersetorialidade; gestão de recursos financeiros, do conhecimento e da informação; comunicação e integração entre os serviços. 

As inscrições estiveram abertas entre julho e setembro de 2012 (http://migre.me/bEHoN). 


*Com informações do Conselho Nacional da Saúde.

Secretaria de Estado da Saúde Pública do Rio Grande do Norte realiza seminário sobre tuberculose

O objetivo é ampliar as ações educativas junto à população, alertando sobre os principais aspectos da doença, além de elevar o número de parceiros em torno da luta contra a tuberculose.

Por Sesap

A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap), por meio do Programa Estadual de Controle da Tuberculose (PECT), realizará o XIII Seminário Estadual de Tuberculose, nos próximos dias 13 e 14, no Hotel Praia Mar, em Ponta Negra. O evento reunirá cerca de 400 participantes, entre profissionais de Saúde, representantes de instituições diversas e estudantes universitários.

De acordo com a responsável técnica pelo PECT, Marta Santos, o objetivo do seminário é ampliar as ações educativas junto à população, alertando sobre os principais aspectos da doença, além de elevar o número de parceiros em torno da luta contra a tuberculose.

Em conformidade com as diretrizes e as políticas públicas para o controle da doença, o PECT/RN ressalta a importância da mobilização da comunidade e a participação de todos na identificação do tossidor crônico (com o sintoma há mais de três semanas), no diagnóstico precoce e na adesão ao tratamento, propiciando, assim, a redução do abandono deste, a cura sem sequelas e o surgimento de bacilos resistentes aos medicamentos existentes contra a doença.

Segundo Marta Santos, "é fundamental contar com o apoio de portadores, familiares e da sociedade em geral na redução do estigma e da discriminação, ampliar o apoio às estratégias ao controle da tuberculose, bem como melhorar o acesso do portador aos serviços de saúde, independente da sua complexidade".

DADOS - Conforme dados do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, o Brasil é o 17º país em número de casos da doença entre os 22 países que detêm 80% da ocorrência mundial do agravo. Em 2011, foram notificados 70 mil casos novos de tuberculose e 4,6 mil óbitos. Inclusive, a doença constitui a 4ª causa de mortes por doenças infecciosas no país.

No Rio Grande do Norte, foram notificados 1270 casos novos da tuberculose, em 2011. Desse total, 57% estão concentrados nos municípios de Natal, Parnamirim e Mossoró, segundo dados do PECT. Em todo o Estado, foram registrados 67 óbitos nesse período. Além disso, Marta Santos destacou o crescimento de casos notificados na população prisional e entre os portadores de Aids, no estado.


terça-feira, 6 de novembro de 2012

PNCT realiza visita técnica ao estado de São Paulo

Durante 5 dias, técnicos, coordenadores e representantes do Sistema Prisional e Pop Rua realizarão visitas técnicas para conhecer as ações de implementação do controle da tuberculose

Por Eri Ishi 

De 5 a 9 de novembro, o Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT) realiza visita técnica ao Estado de São Paulo visando conhecer as ações de implementação do controle da tuberculose na população em situação de rua e privados de liberdade.

Em reunião inicial, os técnicos do PNCT definiram os objetivos da visita e a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose do Estado e representante do Programa Municipal de Controle da Tuberculose apresentou panorama da situação da tuberculose no Sistema Prisional estadual e da população em situação de rua da cidade de São Paulo. 

Serão visitados Centros de Acolhidas, CAPS, Unidades Básica de Saúde, Centros de Detenção Provisória, Penitenciária e Centro Hospitalar do Sistema Penitenciário.

Participam das atividades: consultores técnicos do PNCT; a coordenadora do Programa de Controle da Tuberculose do Estado, Vera Galesi; membros do GT POP Rua, constituído por representantes da Secretaria da Assistência e Desenvolvimento Social do Município de São Paulo nível central; CAS Sudeste e CREAS da região Sé e Mooca; Movimento Nacional da População e Situação de Rua; Rede Paulista de Controle Social da Tuberculose; e representante do Programa Municipal de Controle da Cidade de São Paulo, do nível central e regional SUDESTE, da área Sé e Mooca, e interlocutores da ESF Especial/ BOM Par. 

Complexo Prates

Visitado pela equipe, o equipamento é um centro especial de acolhimento, dotado de Espaço de Convivência Dia para Adultos, abrigo para menores, Centro de Acolhida 24 horas, Centro de Atenção Psicossocial III Álcool e Drogas (CAPS III AD) e a Assistência Médica Ambulatorial (AMA) 24 horas.

O objetivo da implantação do Complexo no centro de São Paulo é facilitar o tratamento e a assistência dada aos dependentes químicos, fortalecendo o combate à dependência e o trabalho conjunto entre Saúde e Assistência Social que já é realizado na região.

Mais informações:


sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Comissão de Seguridade Social e Família vai debater combate à tuberculose

Por André lage
A Comissão de Seguridade Social e Família aprovou nesta quarta-feira (31) requerimento apresentado pela deputada Benedita da Silva (PT-RJ), para a realização de audiência pública para discutir a continuidade e ampliação do trabalho de prevenção e combate à tuberculose realizado por entidades da sociedade civil. 
"Os movimentos sociais poderão se manifestar, com isso, poderemos sensibilizar os parlamentares para que mais emendas da saúde estejam relacionadas à prevenção no combate à tuberculose", disse Benedita.
Segundo a parlamentar, além de sensibilizar os parlamentares, é preciso garantir que o Orçamento da União contemple o combate à doença e estenda as medidas de prevenção às fronteiras. "Sabemos que hoje o País tem um tratamento, mas existe ainda a doença, então é um grande desafio. A cura existe há mais de 50 anos no Brasil, mas precisamos acelerar o processo de erradicação", disse.
Benedita faz parte da Frente Parlamentar de Luta contra a Tuberculose que realizou de 30 a 31 uma mobilização na Camara dos Deputados pelo fim da doença no Brasil.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Deputado lança nova campanha durante mobilização no Congresso Nacional pelo fim da tuberculose no Brasil

Nos dias 30 e 31 de outubro, o Congresso Nacional foi palco de atividades de mobilização pelo fim da tuberculose no Brasil.  Ativistas, estudantes e profissionais de saúde estiveram nos corredores da Câmara e do Senado levando informações sobre a doença para reforçar que a tuberculose ainda existe e deve ser combatida. 

Para estas atividades, foi montado o estande "Pelo Fim da Tuberculose" no Espaço Mário Covas (anexo II da Câmara dos Deputados), no qual foram distribuídos materiais educativos sobre a tuberculose e exibidos videos de campanha sobre coinfecção Tuberculose e HIV/aids. 

Os ativistas visitaram 57 gabinetes com o objetivo de sensibilizar os parlamentares, mostrando a eles possíveis formas de atuação do Legislativo na luta contra a tuberculose, seja por meio de projetos de lei que beneficiem o paciente ou por emendas parlamentares que possam subsidiar pesquisas e ações de controle da doença.

Cerimônia de abertura

A abertura oficial do estande aconteceu na tarde desta terça-feira (30) e foi conduzida pelo presidente da Frente Parlamentar de luta contra a tuberculose, deputado Antônio Brito (PTB/BA), com a presença da vice-presidente da Frente, deputada Benedita da Silva (PT/RJ), do presidente da Frente Parlamentar da Saúde, do deputado Darcísio Perondi (PMDB/RS), do coordenador adjunto do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde, Fabio Moherdaui, do diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa, do representante da Organização Panamericana da Saúde – OPAS, AlfonsoTenorio Gnecco e o representante do movimento social de luta contra a tuberculose, Carlos Basília.

Em discurso, Antônio Brito relembrou a primeira ação da Frente: a aprovação da emenda ao artigo 51 da LDO 2013, que dispensa a detenção do CEBAS para o repasse de recursos às entidades privadas sem fins lucrativos que atuam na área de prevenção, promoção e atenção às pessoas com HIV/aids, hepatites virais, tuberculose, hanseníase, malária e dengue. 

Segundo Brito, os índices de casos novos, mortalidade e abandono do tratamento ainda estão distantes do que é recomendado pela Organização Mundial da Saúde. "Isso é resultado da falta de informação e defasagem de métodos mais eficientes de detecção e tratamento da doença", destacou. 

Em seguida, o deputado anunciou nova campanha da Frente Parlamentar de luta contra a tuberculose: "Brasil 100 Tuberculose" com o objetivo de incentivar os deputados federais a destinarem pelo menos 100 mil reais em emendas para pesquisa e implementação de ações para o controle da tuberculose no Brasil.

A deputada Benedita da Silva reafirmou seu compromisso na luta contra a tuberculose, visto que o seu estado, o Rio de Janeiro, é o que apresenta o maior índice de mortalidade da doença. A deputada vem trabalhando este tema junto ao movimento social de luta contra a tuberculose do Rio de Janeiro, buscando meios para a sustentabilidade das ações de controle da doença. 

Ela destacou a importância de se buscar novas parcerias e envolver diferentes setores para se ter recursos suficientes para se construir um Brasil sem tuberculose, sem aids. "Um Brasil com saúde total! Isso é o que todos desejam. E, nesta causa justa, estou me somando”, exclamou.

O coordenador adjunto do PNCT, Fabio Moherdaui, agradeceu aos deputados pela iniciativa pioneira e destacou a importância da replicação de Frentes Parlamentares no âmbito estadual e municipal. "Afinal a tuberculose é uma doença socialmente determinada, o que exige apoio político e intersetorialidade que vão além da área da Saúde", explicou.

O diretor adjunto do Departamento de DST, Aids e Hepatites Virais, Eduardo Barbosa parabenizou a iniciativa da Frente e destacou a importância da eliminação da tuberculose para dar qualidade de vida para as pessoas que vivem com HIV/aids. 

A mobilização seguiu até quarta-feira (31), com a exibição de vídeos da campanha “TB+HIV – Essa dupla não combina”. O vídeo alerta para os perigos da coinfecção, visto que a tuberculose é a doença que mais mata pessoas que vivem com a HIV/aids. No caso das pessoas com HIV/aids, é recomendado fazer a prova tuberculínica anualmente como forma de prevenção. Com o diagnóstico precoce de uma infecção latente, a pessoa poderá ser tratada, evitando o desenvolvimento da doença. Este é um exame simples e disponível nos serviços de saúde do SUS.

Assista ao video:




Juventude dá força ao movimento

A mobilização no Congresso Nacional contou com o apoio das bandeirantes de Brasília que participaram da ação de mobilização com graça e responsabilidade. Gostaram tanto que se disponibilizaram a participar de outras atividades de luta contra a tuberculose. 

A União Nacional dos Estudantes (UNE) que tentava entrar na Câmara dos Deputados para reivindicar mais recursos para educação também aderiu às atividades de mobilização da tuberculose.



O ativista Alexandre Milagres conversou com os  estudantes e propôs o engajamento do movimento estudantil para conscientização de temas como Aids, Tuberculose, Tabagismo e Diabetes.

O presidente da UNE, Daniel Iliescu, aceitou a proposta e destacou a importância de parcerias entre movimentos sociais. Deste encontro, contatos foram estabelecidos e reuniões programadas para articulações.

Estudantes de enfermagem da Unieuro também participaram da mobilização.







*ATENÇÃO: Todas as fotos estarão disponíveis aqui em breve. Inclusive a dos parlamentares que passaram no nosso estande para dar uma forçinha ao movimento!


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Hospital Regional da Lapa São Sebastião completa 85 anos


Por SESA PR

Nesta terça-feira (30) foi comemorado o aniversário de 85 anos do Hospital Regional da Lapa São Sebastião, primeira unidade especializada no tratamento de pacientes com tuberculose (tisiologia) no Estado. O evento também marcou o início das atividades do novo centro cirúrgico do hospital.

Nos últimos dois anos, o hospital passou por uma grande transformação. Além do centro cirúrgico, a unidade ganhou uma ala com enfermaria e central de esterilização de materiais. “São 85 anos de história, que também refletem na estrutura do hospital. Com essas reformas e ampliações queremos ampliar a capacidade de atendimento e qualificar ainda mais o serviço prestado aos pacientes”, explicou o diretor de Unidades Próprias da Secretaria da Saúde, Charles London.

O hospital foi fundado em 1927, quando houve um aumento nos casos de tuberculose no Estado. O perfil epidemiológico da doença, com alto risco de contágio, também contribuiu para a fundação do HRLSS. De lá para cá, o hospital se tornou referência no tratamento da doença e atende pacientes encaminhados de todo o Paraná. 

Esses pacientes são aqueles que não conseguem realizar o tratamento em casa ou em uma unidade básica de saúde. “São moradores de rua, pessoas interditadas judicialmente, ou em outras situações que inviabilizariam o tratamento diretamente observado (TDO)”, explicou o diretor do HRLSS, José Gaspar Bornancin. 

O tratamento no HRLSS também é indicado para pacientes que apresentam algum tipo de reação adversa aos medicamentos. “Desta forma podemos acompanhar os efeitos do tratamento no organismo da pessoa, proporcionando um atendimento integral as necessidades do paciente”, completou Gaspar.

Hoje, o HRLSS conta com 111 leitos em funcionamento. A expectativa é que com a finalização das reformas a unidade amplie sua oferta para 137 leitos, entre tisiologia e clínica médica.

No próximo ano o hospital espera entrar com o processo de acreditação, uma espécie de documento que certifica a qualidade das instituições de saúde. “Com a estrutura que temos e a equipe que dispomos, temos certeza que nosso trabalho será reconhecido”, afirmou o diretor do hospital.

Aniversário – As comemorações do aniversário de 85 anos do HRLSS foram iniciadas no domingo (28) com um passeio ciclístico pelas ruas da Lapa. O hospital também lançou sua nova página na internet e realizou uma gincana com seus funcionários. A programação também contou com uma palestra sobre acreditação e será encerrada na quarta-feira (31) com um encontro religioso.

Participaram do evento desta terça-feira, o deputado estadual, Elio Rusch, o vice-prefeito eleito do município da Lapa, Ruy da Farmácia, o diretor da 2ª Regional de Saúde (Metropolitana), José Carlos de Abreu, e o tenente coronel da 15ª GAC AP, Marcelo Chiesa.

Para maiores informações: hrlss.administracao@sesa.pr.gov.br


segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Frente Parlamentar mobiliza o Congresso Nacional para combate à tuberculose

Nesta terça e quarta-feira (30 e 31), a Frente Parlamentar de luta contra a Tuberculose realizará atividades de mobilização pelo fim da tuberculose no Brasil. O evento tem apoio do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT/SVS/MS) e da Parceria Brasileira de luta contra a tuberculose.

Para o evento será montado o estande "Pelo Fim da Tuberculose" no Espaço Mário Covas (anexo II da Câmara dos Deputados), no qual serão distribuídos materiais educativos e exibidos videos de campanha. Além disso, ativistas, estudantes e profissionais de saúde estarão nos corredores da Câmara e do Senado levando informações sobre a doença para reforçar que a tuberculose ainda existe e deve ser combatida. 

Na programação, abertura oficial do estande às 15h30 e apresentação do vídeo da campanha “TB + HIV – Essa dupla não combina”, às 10h do segundo dia.

De acordo com o presidente da Frente Parlamentar de luta contra a Tuberculose, deputado Antônio Brito (PTB/BA) além de chamar atenção para um grave problema de saúde pública, o evento tem como objetivo  sensibilizar os parlamentares para possíveis formas de atuação do Legislativo na luta contra a tuberculose, seja por meio de projetos de lei que favoreçam o paciente ou pela proposição de emendas para pesquisa e tratamento da tuberculose. 

O coordenador do PNCT, Draurio Barreira, ressalta que além do trabalho junto ao legislativo, ativistas e movimentos sociais, é importante ampliar as articulações intersetoriais para garantir os direitos das pessoas com tuberculose e contribuir com a adesão ao tratamento a partir do recebimento de benefícios sociais e acesso a programas já existentes, diminuindo a taxa de abandono e a incidência das manifestações multirresistentes.

Apesar de ter cura há mais de 50 anos, a tuberculose ainda afeta muitos brasileiros. A cada ano são registrados mais de 71 mil novos casos e aproximadamente 4.500 óbitos. É a quarta causa de morte por doenças infecciosas e a primeira causa de morte entre as pessoas com HIV/aids.

Frente Parlamentar de luta contra a tuberculose

Instalada em maio deste ano, a Frente Parlamentar de luta contra a tuberculose contou com a adesão de 220 parlamentares. Reivindicação antiga de ativistas e gestores da saúde pública, se materializou a partir da iniciativa do deputado Antônio Brito (PTB/BA) com o objetivo de acompanhar a política nacional de controle da tuberculose e contribuir para o enfrentamento desta doença por meio do aperfeiçoamento da legislação relacionada à saúde, assistência social e outras políticas vinculadas, a partir das comissões temáticas nas duas Casas do Congresso Nacional.

Dois meses após a instalação, a Frente consolidou sua primeira ação por meio da aprovação da emenda ao artigo 51 da Lei de Diretrizes Orçamentarias 2013, que dispensa a detenção do Certificado de Entidades Beneficente de Assistência Social (CEBAS) para o repasse de recursos às entidades privadas sem fins lucrativos que atuam na área de prevenção, promoção e atenção às pessoas vivendo com HIV/aids, hepatites virais, tuberculose, hanseniase, malária e dengue. Uma conquista advinda da articulação entre governo e sociedade civil e da participação efetiva de parlamentares que tem contribuído politicamente no enfrentamento da doença.