quarta-feira, 11 de julho de 2012

MS realiza Capacitação em Manejo Clínico e TDO para os Profissionais de Saúde Indígena


Começou, nesta quarta-feira, em Brasília, Capacitação em Manejo Clínico e Tratamento Diretamente Observado (TDO) para os Profissionais de Saúde Indígena. Durante 3 dias, serão capacitados 68 profissionais dos 34 Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEI) do país.

O evento é uma realização do Programa Nacional de Controle da Tuberculose (PNCT/MS), em parceria com a Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI) e tem como objetivo garantir que os profissionais de saúde indígena sejam capazes de suspeitar e diagnosticar clinicamente a tuberculose, solicitar os exames indicados e conduzir adequadamente o tratamento até a cura.

Participaram da cerimônia de abertura, a representante da Secretaria Especial de Saúde Indígena (SESAI), Cleocy Mendes, o representante da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) Alfonso Gnecco e o coordenador do Programa Nacional de Controle da Tuberculose do Ministério da Saúde (PNCT/MS), Draurio Barreira.

Segundo Gnecco, a saúde dos povos indígenas é prioridade para a Organização Mundial de Saúde (OMS). Assim, parabenizou o PNCT pela articulação junto à SESAI para o controle da tuberculose entre povos indígenas. 

Draurio explicou que "gestão exige prioridade". Desta forma, as populações vulneráveis têm sido prioridade para o programa, visto que ao se trabalhar o controle da doença nessas populações, que englobam maior incidência, maior o impacto no controle da tuberculose no país. É o caso das populações indígenas, aqueles que vivem em situação de rua, em situação de pobreza extrema, os privados de liberdade (PPL), e os que vivem com HIV/AIDS. 

Em 2010 a taxa de incidência de tuberculose entre os povos indígenas foi de 95,5 por 100.000 habitantes. Um número três vezes maior se comparado à população geral.

Com o objetivo de fortalecer as ações de controle da tuberculose entre os povos indígenas foram priorizados 67 municípios, em todo o território nacional, que são responsáveis por 80% dos casos novos de tuberculose notificados entre os povos indígenas residentes em áreas rurais.

Draurio destacou a importância desta capacitação, visto que a saúde indígena possui particularidades muito específicas, principalmente no que diz respeito à atenção e ao acesso“O objetivo desse curso é justamente qualificar a atenção básica e ampliar o acesso, melhorando o diagnóstico, o tratamento e a assistência”. Além disso, ressaltou que o programa está disponível para apoiar e articular capacitações como esta junto aos estados e municípios para responder às necessidades em nível local.

Teste rápido

O coordenador do PNCT atualizou os participantes sobre as novas propostas de diagnóstico e novos esquemas terapêuticos que estão sendo estudados, com destaque ao teste rápido para tuberculose (GeneXpert) que se encontra em fase de teste nos estado do Rio de Janeiro e do Amazonas. 

No entanto, ponderou que "a implantação de um novo teste de diagnóstico vem para agregar, e não para substituir os outros testes como a baciloscopia e a cultura. Afinal, é preciso analisar qual método funciona melhor em cada região".