Nos dias 18 e 19 de setembro foi realizado, em Brasília, o II
Seminário de Boas Práticas no Controle da Tuberculose junto a População em
Situação de Rua.
Participaram do seminário, coordenadores de Estado e das capitais dos programas de tuberculose, DST/aids e hepatites virais, atenção básica, assistência social, representantes da sociedade civil, conselhos de saúde e assistência social de 11 estados e suas respectivas capitais: RS, PR, SP, RJ, MG, DF, PE, BA, CE, AM e GO.
Participaram do seminário, coordenadores de Estado e das capitais dos programas de tuberculose, DST/aids e hepatites virais, atenção básica, assistência social, representantes da sociedade civil, conselhos de saúde e assistência social de 11 estados e suas respectivas capitais: RS, PR, SP, RJ, MG, DF, PE, BA, CE, AM e GO.
Não há muitos dados sobre a incidência da tuberculose e
outras enfermidades junto à população em situação de rua. Apesar disso, estudos
e relatos - de pessoas que vivem em situação de rua, bem como dos profissionais
que trabalham junto a esta população - mostraram que a tuberculose é um grave
problema de saúde, com elevada taxa de incidência e abandono de tratamento.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, a incidência de
tuberculose nesta população, em 2012, foi de 1.814 casos por 100.000 hab. Uma
incidência 37 vezes superior quando comparada à população geral. O abandono do
tratamento foi de 43% entre os casos novos de tuberculose, em 2011. Esses
indicadores destacam a necessidade de estratégias diferenciadas que
possibilitem maior adesão ao tratamento e aumento da cura.
Em vista disso, o seminário teve como objetivo discutir
ações de saúde para a população em situação de rua, envolvendo os diversos
atores, da saúde e assistência social, além dos próprios usuários, para a construção
de uma agenda conjunta.
Segundo o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério
da Saúde, Jarbas Barbosa, apesar da grande redução da incidência e mortalidade por tuberculose nos últimos anos, a doença ainda persiste em
algumas populações mais vulneráveis como as pessoas que vivem em situação de
rua, os privados de liberdade, os indígenas e as pessoas que vivem com HIV.
“Esse é um problema que vai além do setor Saúde. Essas
populações têm dificuldades específicas para acessar os serviços. É preciso
articular junto à Assistência Social e à Secretaria de Direitos Humanos para
maior efetividade das políticas públicas. E é por isso que estamos reunidos neste
seminário. Para trocar experiências. Para que boas práticas estaduais e
municipais se disseminem em nível nacional”, explicou.
O secretário também destacou que a participação das pessoas envolvidas é fundamental para o sucesso das ações.
O secretário também destacou que a participação das pessoas envolvidas é fundamental para o sucesso das ações.
A representante do Conselho Nacional de Saúde e do Movimento
Nacional da População em Situação de Rua, Maria Lucia Santos Pereira da Silva, alertou
para a invisibilidade desta população perante a sociedade e cobrou ações mais
concretas.
“Precisamos olhar
para essa população. Assumir que isso é um problema. A partir do momento que a pessoa
não consegue acessar uma unidade de saúde, por estar sujo ou drogado, isso é um
problema. Estar na rua já é um agravo. Se as pessoas estão nas ruas é porque
faltam políticas públicas”.
***Todas as apresentações do seminário serão disponibilizadas em breve em nosso acervo!
***Todas as apresentações do seminário serão disponibilizadas em breve em nosso acervo!